Vencer o Velo Clube e a ansiedade da estreia no Campeonato Paulista da Série A-2. É esta a meta do Santo André para o duelo de hoje, às 16h, no Bruno Daniel. No reencontro com o torcedor em sua praça após 17 meses (desde agosto de 2011 os ramalhinos não podem entrar no estádio), o time agora comandado por Ademir Fonseca faz seu debute, buscando a permanência, mas de olho no retorno à elite.

"Não podemos subestimar (o Velo Clube), mas Santo André é Santo André. Tem tradição, camisa, precisa retornar a lugar de destaque e esperamos campeonato digno disso", afirmou Fonseca.

Diretoria, comissão técnica e time foram reformulados. A gestão empresarial saiu no fim da temporada 2012 após o quarto rebaixamento em quatro anos e os comandantes do Jaçatuba, Celso Luiz de Almeida e Jairo Livólis, voltaram ao poder. E a partir do ambiente criado por eles, a expectativa é de que a partir de hoje nasça outro Santo André.

Por se tratar de estreia, os atletas tentam lidar com o frio na barriga para logo impor ritmo e domínio de jogo, envolver o Velo Clube e construir o resultado. "A ansiedade faz parte, seja em qualquer situação na vida. Tenho comigo que o dia em que eu não sentir mais esse friozinho na barriga antes de estrear, tenho de pendurar as chuteiras", disse o lateral-direito Nequinha. "Tem de haver essa ansiedade, mas acaba logo no primeiro toque na bola", completou o zagueiro Rogélio.

Mesmo com apenas 15 dias para ajustar a equipe para o início da Série A-2, o técnico Ademir Fonseca demonstra confiança. "A estreia é que vai dizer, mas dentro do tempo que tivemos para preparação esperamos começar bem. É time de boa experiência, com jogadores acostumados a competições deste nível", disse.

O comandante ainda pediu apoio da torcida durante os 90 minutos. "O torcedor está carente, sofrido com as decepções destes últimos anos. Peço para que deem confiança a este novo grupo e venham nos ajudar. O momento é difícil para o Santo André, mas vai se reerguer com apoio da torcida", concluiu Ademir Fonseca.

Rogélio se diz adepto do jogo feio, mas eficaz

Apesar de recém-chegado ao Santo André, o zagueiro Rogélio se mostrou líder dentro e fora de campo. Durante os treinos, chama o garoto Heliton para aprimorar cabeceios, conversa com os companheiros a fim de organizar melhor o time e troca figurinhas com o técnico Ademir Fonseca. Nos jogos treinos, se mostrou a principal voz ativa, com gritos de atenção, elogio e incentivo. E para a estreia diante do Velo Clube, hoje, o possível dono da tarja de capitão foi enfático: não se importa em jogar feio, desde que o Ramalhão vença o jogo.

"O campeonato é difícil e é necessário fazer o dever de casa. Não sei se a partida será bonita, mas nosso objetivo é vencer este primeiro jogo", afirmou Rogélio, que disputou a Série A-2 do Paulista do ano passado pelo Red Bull, do qual era capitão sob o comando de Sérgio Guedes.

Durante o treino de segunda-feira, sob chuva, o time trabalhou com campo pesado e diversas poças. Para o jogo, hoje, os atletas esperam tempo melhor. "Mês de janeiro é complicado mesmo, mas independentemente de sol ou chuva, temos que ganhar de qualquer jeito", concluiu Rogélio. DB

Dirigentes esperam ao menos 2.000 fãs em reencontro

O reencontro oficial entre torcida e time do Santo André está marcado para as 16h de hoje e a expectativa da diretoria - apesar do horário coincidir com turno de trabalho - é levar ao menos 2.000 pessoas ao Bruno Daniel. Isso porque este foi o número de bilhetes adquiridos por empresa parceira do Ramalhão e distribuídos pela cidade.

Os ingressos serão vendidos até a hora do jogo aos valores de R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia). Menores de 12 anos e maiores de 60 não pagam - mediante apresentação de documento.

ROUPA NOVA

O contrato de fornecimento de material esportivo com a Nakal foi encerrado e, de acordo com o diretor de futebol, Juraci Catarino, ainda não há empresa definida para assumir a vaga. Nos bastidores, Wilson e Umbro são nomes cotados. Assim, para o jogo de hoje, contra o Velo Clube, a diretoria buscou alternativa caseira. "Vamos com material de fabricação própria", afirmou Juraci Catarino. DB