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À moda aventureira

Hyundai lança HB20X em 20 de fevereiro para bater de
frente com o VW CrossFox e Renault Sandero Stepway

Vagner Aquino
Enviado a Campos do Jordão (SP)
23/01/2013 | 07:00
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Depois de apanhar por anos e anos, a Hyundai está pronta para o próximo round. E o responsável por essa injeção de ânimo é o HB20, compacto que chegou há alguns meses com a dura missão de bater de frente com os best-seller Volkswagen Gol (líder de vendas por 26 anos consecutivos) e Fiat Uno.

Apresentando evoluções em relação à concorrência, o modelo poderá, quem sabe, nocautear as críticas e anular a desconfiança que os sul-coreanos ainda despertam nos brasileiros. Para isso, a Hyundai quer cercar a clientela e acaba de lançar o HB20X. As vendas começam em 20 de fevereiro e a meta é vender 10 mil unidades anuais.

Ao contrário dos produtos que a marca asiática vem oferecendo por aqui, este não é um modelo 100% novo. Pois é, tal qual VW CrossFox e Renault Sandero Stepway (principais concorrentes), o Hyundai HB20X é derivado do modelo convencional, mas traz aquele famoso apelo off-road (ou aventureiro, como preferir).

Mas, mesmo fazendo parte da fantasia, a Hyundai sabe que espalhar plástico preto pela carroceria, modificar o desenho da roda e dar um sobrenome ao modelo não ajudam a superar nenhum atoleiro. Sendo assim, o HB20X ganhou vestimenta moderna. Dentre as principais características, novos para-choques traseiros e dianteiros - cuja grade frontal assemelha-se à do irmão maior iX35 - e proteção lateral.

E para transpor os possíveis percalços pelo caminho, a suspensão foi recalibrada - as molas são maiores e mais firmes, aumentando a altura do carro em 4 cm. E a diferença foi facilmente notada durante o test-drive de lançamento do modelo, realizado entre as cidades paulistas de Guarulhos e Campos do Jordão, no Interior.

Em meio aos buracos, é possível perceber que o conjunto de suspensões está mais duro, porém, sem deixar o conforto de lado.

E não dá para falar em teste sem mencionar aquele que é o responsável por mover a máquina: o motor. Aqui, porém, não há novidade. O HB20X pegou emprestado do irmão urbanoide o bloco 1.6 16V DOHC CVVT Flex, que gera potência máxima de 128 cv a 6.000 rpm, com etanol no tanque.

Durante o percurso, nos foi cedido o modelo topo de linha - Premium 1.6 com câmbio automático. Mesmo com quatro velocidades, o conjunto surpreendeu. Bem escalonadas, as relações não pedem uma quinta marcha, como acontece com alguns modelos vistos por aí.

Claro que durante uma ultrapassagem aqui e outra ali, o pequeno Hyundai deu uma amarrada, mas nada gritante. Nessa hora seria bem-vindo o modo sequencial, não disponível.

A 120 km/h, o conta-giros marca pouco mais de 3.000 rpm. O silêncio impera. Vale lembrar que o torque é de 16,5 mkgf a 5.000 giros. Pelo menos em números, o HB20X faz bonito frente à concorrência. CrossFox e Stepway têm, respectivamente, 15,6 mkgf a 2.500 rpm e 15,5 mkgf a 3.750 rpm com o mesmo tipo de câmbio. Ops! Lembrando que o VW tem caixa automatizada.

 

Versão mais em conta parte de R$ 48.755

 

Se por fora o Hyundai HB20X chama atenção, por dentro não é diferente. A exemplo do i30 (um dos primeiros sucessos a chegar por aqui e já tem segunda geração programada para o Brasil), e por que não mencionar o sedã médio Elantra, o hatch pseudoaventureiro traz peças de materiais agradáveis ao toque - nessa hora é inevitável a comparação com a concorrência.

Com iluminação azul, o painel tem fácil compreensão e alcance. Para o quadro de instrumentos, os mesmos elogios. Ao centro, o computador de bordo exibe as principais informações do modelo. Claro, fomos logo ver o consumo médio. Bom! Chegou a atingir quase 13 km/l em ciclo urbano.

Um ponto a reclamar é a ergonomia. Por mais que se ajuste a altura do banco e volante, o acolhimento nunca fica perfeito. Talvez seja culpa da linha de cintura - bastante alta.

Mas isso é só um detalhe. Que logo é amenizado pela lista de itens de série. A versão mais em conta (Style) parte de R$ 48.755 e vem com itens como ar-condicionado, air bag duplo, freios antitravamento com distribuição eletrônica da força de frenagem (EBD), faróis de neblina, trio elétrico, direção hidráulica, pedaleiras esportivas prateadas, bancos com costuras duplas e volante multifuncional.

O Premium (versão avaliada pelo Diário) sai por R$ 54.455 e oferece a mais sensor de estacionamento traseiro, faróis com acendimento automático, banco traseiro bipartido, tecido dos bancos em tom cinza e vidros elétricos com one touch (subida e descida) nas quatro portas - na básica, só o do motorista traz a tecnologia. O sistema de som reproduz CD e MP3 player, e tem entrada auxiliar e conexão USB e iPod.

Com câmbio automático e apoio de braço, cada uma das configurações sai R$ 3.200 mais cara.




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