Política Titulo Grupo reduzido
Oswaldo perde espaço com a administração Donisete
Bruno Coelho
Do Diário do Grande ABC
21/01/2013 | 07:52
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Após passar o comando da Prefeitura de Mauá para Donisete Braga (PT), Oswaldo Dias (PT) vê seu grupo ter espaço restrito na administração petista. Embora tenha influência no primeiro escalão, o ex-chefe do Executivo passou de cerca de 200 comissionados indicados por seu bloco para aproximadamente 30, enquanto as alas dos secretários Paulo Eugênio Pereira Júnior (Mobilidade Urbana) e Rogério Santana (Serviços Urbanos) - principais articuladores para a candidatura governista ao Paço - ganharam força.

O ex-prefeito mantém representante na Pasta de Educação, comandada por Lairce Aguiar, aliada de seu ex-secretário de Governo e homem de confiança José Luiz Cassimiro (hoje vereador). O vice-prefeito Hélcio Silva, responsável pela Secretaria de Obras, também segue, por ora, inclinado para o ex-gestor mauaense.

Em seu governo, Oswaldo contava cerca de 200 comissionados sob influência dele e de Cassimiro, que tinha controle em quase todo primeiro escalão da gestão anterior, além de exercer papel de articulador político do Executivo na Câmara.

Oswaldo refutou a informação quanto à quantidade de cargos apadrinhados e de Cassimiro, mas não negou a perda de poder na administração Donisete, tratando o caso naturalmente. "Não eram 200 (comissionados apadrinhados), trabalhamos com 100 pessoas. Mas é comum que o grupo do prefeito tenha uma quantidade maior (de cargos)", ponderou.

O futuro do bloco de Oswaldo divide opiniões dentro do PT mauaense. Há quem constate a tendência de enfraquecimento da ala, no entanto outros filiados apostam na manutenção da força da bancada dentro da sigla. Por enquanto, o ex-prefeito tem o controle do diretório municipal por meio de seu filho e presidente da legenda na cidade, Leandro Dias.

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA

Sem conseguir se manter como vice-prefeito, Paulo Eugenio tende a ter caminho livre por parte do grupo em torno de Donisete para emplacar candidatura para Assembleia Legislativa. No entanto, não está descartado que a ala de Oswaldo lance postulante ao Parlamento paulista como forma de mostrar poder dentro da legenda. "Ainda não analisamos isso, mas iremos pautar nos próximos meses", afirmou o ex-prefeito.

Em 2010, o PT mauaense, novamente dividido, lançou dois candidatos a deputado estadual. Aliados no passado (e hoje reatados), Donisete e o ex-vice-prefeito Márcio Chaves (PT) se divergiram devido ao processo eleitoral de 2008. Por não concordar com apoio incisivo do colega a Oswaldo no pleito municipal há cinco anos, Márcio decidiu se lançar à Assembleia. Contudo, ele recebeu apenas 21.591 votos e não impediu a terceira passagem de Donisete ao Legislativo estadual, com 105.436 sufrágios.




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