O Banco Central decidiu ontem manter a taxa básica de juros, a Selic, em 7,25% ao ano como já previa o mercado. Em nota, o BC informou que a piora da inflação no curto prazo, a recuperação menos intensa da atividade doméstica e a complexidade do ambiente internacional motivaram a manutenção.

Na avaliação do professor de Economia da FGV (Fundação Getulio Vargas) Samy Dana, é preciso esperar como a economia evoluirá nos próximos meses para que sejam feitos novos ajustes. "O que vai depender do ritmo de avanço do consumo e da inflação."

Segundo o IBGE, o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), que reflete a variação dos preços às famílias, encerrou 2012 com alta de 5,84%, acima do centro da meta do governo federal de 4,5%. Para a Fecomercio-SP, "a decisão foi acertada, uma vez que não há mais espaços para redução da Selic enquanto a inflação permanecer acima de 4,5% e o cenário internacional continuar incerto".