Turismo Titulo Canadá
A cosmopolita Vancouver
Ari Paleta
Enviado ao Canadá
17/01/2013 | 07:24
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Ari Paleta/DGABC


Metrópole mais do que charmosa, a capital de British Columbia, Vancouver, é conhecida por chover durante dez dos 12 meses do ano. Mas bem que poderia ser rotulada por outras características bem mais interessantes. Para começar, a cidade é extremamente elegante - as pessoas se vestem muito bem - e receptiva. Afinal, basta uma breve caminhada pelas movimentadas ruas para encontrar imigrantes de todos os lugares do mundo, principalmente chineses. E os canadenses fazem questão de exaltar a importância econômica que essas pessoas têm para o país.

Brasileiros também se aproveitam a hospitalidade e muitos jovens vão à cidade para estudar inglês. Outros tantos vão para trabalhar, já que existe mercado e incentivos do governo canadense.

É comum ouvir grupos de jovens falando em português pelas ruas de Vancouver. Já os táxis são geralmente conduzidos por árabes, libaneses, paquistaneses e outros povos do Oriente

Médio, que dominam o segmento, seja nos famosos yellow cars ou em veículos comuns.

Apesar de moderna e com moradores muito educados, há moradores de rua, flanelinhas e usuários de drogas em diversos pontos de Vancouver. Mas nada que cause preocupação, já que a cidade tem esquema de segurança eficiente e todos cumprem a lei.

Fiz questão de andar também por regiões tidas como menos favorecidas, caso de Chinatown, durante a noite, para ver como é. E não me senti ameaçado em nenhum

momento.

Para aqueles que querem aproveitar a badalação, a Rua Grandville é a mais indicada,

com dezenas de pubs e casas noturnas. Aos amantes de música ao vivo, a casa

Fanclub é um dos locais mais procurados tanto pela sua infraestrutura quanto pela tradição em pratos de origem mexicana maravilhosos - mas não se esqueça de que essa comida é muito apimentada.

Já para os mais entusiasmados, que preferem atravessar a noite dançando, o

lugar ideal é a boate Caprice, muito conhecida dos imigrantes, pois uma vez por semana

acontecem festas com músicas de todo o mundo, inclusive brasileira. Nos outros dias, o som que impera é o eletrônico. Até quem está sozinho se sente à vontade, já que os  frequentadores da casa não param de dançar por nenhum minuto e fazem questão de que os visitantes - sim, eles sempre sabem que não somos de lá, assim como também sabemos quando não são daqui! - se juntem a eles.

Vancouver também é lugar para quem gosta de roupas de grifes famosas. Um ds melhores points para consumistas inveterados é o Shopping Pacific Centre, localizado na Rua

Georgia, no centro da cidade. Lá é possível encontrar marcas como Guess, Hugo Boss, Sephora, Hollister, Apple e muitas outras. Vá preparado, pois o Canadá não é local de preços baixos, mas de artigos de alta qualidade. Na Hollister, marca que caiu no gosto dos brasileiros, se o período da viagem for marcado por queimas de estoque para mudança de coleção, vale abrir a carteira sem peso na consciência, pois os descontos chegam a 50%.

Se quiser comprar lembrancinhas de valores mais em conta, o lugar certo é a Rua

Cordova, no centro histórico, chamado de Gastown, que concentra o comércio popular e, de quebra, permite fazer passeio por construções antigas, daquelas que rendem boas fotos, como o relógio a vapor, que parece uma miniatura do londrino Big Ben e foi construído para cobrir uma grelha de vapor a fim de aproveitá-lo e evitar que moradores de

rua dormissem ao relento nos dias mais frios.

Há também bicicletas clássicas aproveitadas para vender sorvete, entre outras paisagens urbanas bastante interessantes.

Para aproveitar que está no bairro e fazer um happy hour, uma dica fica por conta da

degustação de vinhos e queijos no belo restaurante Salt Tasting Room. O estabelecimento fica localizado em uma viela na Blood Alley, no mesmo bairro.

 

OUTROS PASSEIOS

O mais importante de todos os passeios de Vancouver é o Capilano Suspension Bridge,

conjunto de pontes suspensas sobre cânions, fundado no ano de 1889 em meio a uma fechada vegetação, que faz o visitante se sentir no cenário de um dos filmes de Indiana Jones. Como a visita é guiada, quem não sabe inglês, como eu, pode ficar um pouco perdido durante as explicações sobre os detalhes da estrutura e a história daquela antiga fazenda. Mas, se der sorte, você pderá conta com a explanação de um funcionário brasileiro, que foi tentar a vida na mais bela paisagem de natureza de Vancouver.

Dá até para fotografar os tradicionais totens, presentes dos indígenas aos canadenses que se

tornaram cartão-postal da cidade.

Outro destino muito recomendado é a Granville Island, uma pequena vila que fica

quase que ilhada pelo Oceano Pacífico, onde há anos funcionava um complexo de empresas e, hoje, virou atrativo turístico por ser importante centro de compras e gastronomia. É lá que se encontra o mais importante mercado de frutas e alimentos da cidade.

O acesso de ida pode ser feito de táxi. Mas, para voltar, vale embarcar no aquabus (espécie de embarcação que faz o transporte de pessoas), pois a paisagem é única. Há casas flutuantes, prédios imponentes, estádio de futebol e iates no porto.

Quem visita a região em dezembro também pode conhecer a feira de Natal, a Christmas Market - você será recebido em um ambiente todo decorado por luzes em cabanas de madeira que comercializam desde guloseimas até decoração natalina, tudo ao som

de corais de músicas típicas, que vão muito além do Jingle Bells.

 

AQUÁRIO

Um passeio mais que surpreendente em meio ao frio de 4ºC é o Aquário de Vancouver. Boa parte de sua iluminação fica a cargo das enguias, que podem ser vistas nadando junto com peixes raros, tubarões e tartarugas gigantes. Já as piscinas ao ar livre servem de palco para um lindo espetáculo com o xodó do aquário: a baleia beluga. Branca e com aparência de um golfinho, ela faz seu malabarismo agitando o público, que assiste ao show em confortável arquibancada. Quem não quer se molhar deve ficar um pouco mais distante, pois uma das brincadeiras preferidas do cetáceo é espirrar água na plateia.

Vale conhecer ainda o cinema 4D, nas mesmas dependências, e por 20 minutos viver a experiência de sentir vento e água batendo em seu rosto como se estivesse dentro do filme. Ao fim do passeio, passe na lojinha do aquário e compre alguns mimos por US$ 16 (cerca de R$ 33), como a réplica da famosa baleia, entre outros.

 

ESTAÇÃO DE ESQUI

Engana-se quem pensa que uma grande cidade como Vancouver não tem espaço para

estação de esqui. Basta pegar um bondinho para chegar a Grouse Mountain, que permite não só esquiar como também fazer compras em lojas de suvenires, visitar a Casa do Papai Noel (para quem vai em dezembro), realizar passeios de trenó e até tirar fotos com uma rena. Mas o principal fica por conta da patinação no gelo. Um must have da estação.

 

 




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