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Juros do cheque especial recuam 16%, diz Procon

Mesmo com queda, taxa média dos sete maiores bancos ainda é
muito cara; modalidade é para emergência

Pedro Souza
Do Diário do Grande ABC
09/01/2013 | 07:29
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Em 2012, sete dos maiores bancos que atendem os consumidores diminuíram em 16,98% a taxa média cobrada pelos empréstimos no cheque especial. A modalidade, que é dona de, aproximadamente, 33% do volume de crédito concedido mensalmente para as famílias, teve o custo reduzido de 9,54%, em janeiro, para 7,92%, em dezembro.

As informações são da Pesquisa de Juros do Procon-SP, que apurou dados no Banco do Brasil, Bradesco, Caixa Econômica Federal, HSBC, Itaú Unibanco, Safra e Santander. São consideradas taxas de juros máximas pré-fixadas, pelo período de 30 dias, disponíveis para cliente pessoa física não preferencial e independente do canal de contratação.

Mas o professor de Finanças da Fiap Marcos Crivelaro alerta que a queda no preço do empréstimo não justifica uma comemoração. "Se compararmos com as taxas médias cobradas em países desenvolvidos, ou até mesmos aos nossos vizinhos como o Chile, nos quais giram em torno de 1% ao mês, o cheque especial está muito caro." Ele orienta a utilização da modalidade apenas em casos de emergências. "Quem realmente precisa de crédito, que busque linhas com taxa entre 1% e 2% ao mês, no máximo."

Segundo o Banco Central, em novembro, último resultado sobre as operações de crédito no País, as concessões totais para as famílias naquele mês atingiram R$ 80 bilhões, tendo em vista que o cheque especial, com 33% do montante, chegou a R$ 27,1 bilhões.

Segundo o levantamento do Procon, o empréstimo pessoal também ficou mais barato nessas instituições financeiras, passando de 5,88% ao mês, em janeiro de 2012, para 5,35%, em dezembro. A diminuição foi da ordem de 9%.

 

 




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