Mais barata, a reforma de pneus contribui com o meio ambiente
O preço de um pneu novo pode variar entre R$ 150 e quase R$ 500 para veículos de passeio. Isso assusta muitos proprietários na hora de fazer a troca do componente - mesmo porque isso deve ser, em alguns casos, multiplicado por quatro (sem contar o estepe). Na busca por um meio mais barato, alguns apostam em alternativas ineficazes - e muito perigosas - como a riscagem, por exemplo. Infelizmente, há uma infinidade de borracheiros por aí que cobram aproximadamente R$ 40 pelo serviço, sem a consciência de que esta ação coloca inúmeras vidas em risco.
Portanto, se você procura algo que caiba no orçamento, o ideal é realizar a reforma dos pneus. É isso aí. Com essa atitude, além de economizar em média 50%, o consumidor, de quebra, contribui com o meio ambiente, uma vez que, de acordo com o diretor da NSA Pneutec, Giulio Cesar Claro, "cada pneu reformado representa economia de 14 litros de petróleo, que seriam utilizados na fabricação de um novo, além de retardar o descarte do componente (um dos principais inimigos da sustentabilidade)."
Vale dizer que, de acordo com a Michelin, um pneu pode ser recapado de uma a três vezes, em média, o que reduz a um terço o descarte de pneus no meio ambiente.
Fiscalizada e regulamentada pelo Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia) desde 2006, a reforma dos pneus - serviço utilizado por dois terços da frota de pesados no Brasil - consiste basicamente em substituir a banda de rodagem, aquela parte do pneu que está constantemente em contato com o solo, responsável pela aderência nas curvas, por exemplo.
O processo de reforma é dividido nas seguintes etapas: análise inicial, limpeza, estufa (para tirar toda a umidade), raspa da banda de rodagem, escariação (limpa as áreas danificadas), aplicação de cola - que garante a adesão entre o pneu e a banda de rodagem -, preenchimento, preparação e aplicação da banda de rodagem e, por fim, a vulcanização, nada mais que a transformação da borracha de plástico para elástico, dando perfeição ao componente.
"Sempre procure conhecer as instalações e verificar se a empresa reformadora segue os critérios estabelecidos pelos órgãos competentes", enaltece o executivo.
QUANTO TEMPO DEMORA?
O tempo de vida de um pneu depende da forma como é utilizado pelo motorista - vítima de situações severas, ou não. No entanto, uma vez constatada a necessidade de reparação, o consumidor deve procurar uma empresa reformadora. Lá os pneus ficam entre 24 e 48 horas (72 horas no caso de veículos pesados).
Mas, para evitar - ou ao menos protelar - essa necessidade, vale seguir algumas dicas para prolongar a vida útil do componente. Confira na arte ao lado.
Como fazer a leitura?
Quantas vezes você se deparou com aquela infinidade de pneus e se fez a seguinte pergunta: "Qual destes serve para o meu carro?" Na dúvida, nunca leve qualquer um pensando que são todos iguais, pois cada um tem suas particularidades.
E é fácil identificar. Basta olhar as inscrições em alto relevo vistas nas paredes laterais, que funcionam como uma espécie de DNA do produto.
Além do nome do fabricante, há a denominação comercial do produto.
Na sequência, vem aquele monte de números, por exemplo 165/70 R13 79T. O primeiro, denota a largura da banda de rodagem (em milímetros). Em seguida aparece a altura da parede lateral (70, que significa 70% da medida da banda de rodagem). O ‘R' traduz o tipo de construção ‘Radial'. Os algarismos 13 e 79 são, respectivamente, o diâmetro do aro em polegadas e o índice de capacidade de carga (no caso, 437 kg). E, por fim, o ‘T' quer dizer índice de velocidade máxima (190 km/h).
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