No primeiro dia como prefeito de Ribeirão Pires, Saulo Benevides (PMDB) pediu compreensão dos munícipes no decorrer do mandato. Durante a cerimônia de posse, o peemedebista alegou que pegará a Prefeitura endividada e a execução de serviços previstos no plano de governo podem ficar comprometidos nos primeiros 12 meses.

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Clóvis Volpi (PV), ex-prefeito da cidade, admitiu em entrevista exclusiva ao Diário que deixou um deficit de R$ 10,5 milhões, o que corresponde a 5% do Orçamento do ano passado (R$ 211 milhões). Porém, o grupo do PMDB trabalha com uma defasagem em torno de R$ 30 milhões, segundo dados financeiros recolhidos durante o processo de transição - interrompido pelo verde em novembro.

Saulo alegou que a situação financeira da Prefeitura complica os projetos traçados por ele, mas defendeu o modelo de gestão participativa. "Juntos vamos enfrentando as dificuldades financeiras porque iremos herdar uma dívida que não é pequena. Publicamente peço apoio e compreensão da população, porque o primeiro ano será difícil", afirmou.

O chefe do Executivo cobrou comprometimento dos seus secretários e pediu que os integrantes do primeiro escalão escutassem a música gospel Sabor de Mel, que embalou a solenidade de posse. "Nossa vitória teve sabor de mel, pois foi uma eleição difícil, mas sempre acreditamos na vitória. É importante analisar a letra e pensar que o resultado do nosso trabalho depois dos quatro anos tenha gosto de mel para população", disse o prefeito.

O peemedebista garantiu fiscalização no secretariado e mencionou que Ribeirão precisa passar por um processo de transformação na administração pública. "A necessidade da mudança venceu um sistema inoperante e desumano instalado no decorrer dos últimos anos na cidade", avaliou.

A principal crítica do primeiro discurso como prefeito foi sobre a Saúde, tema principal da campanha eleitoral do PMDB. "Vidas foram perdidas devido à precariedade e descaso do poder público. (A Saúde) Foi o segmento mais afetado nos últimos quatro anos", considerou. Saulo Benevides prometeu atenção especial a esse setor, garantindo qualidade de vida aos munícipes.

NOVO COMANDO

O vereador Edson Savietto, o Banha (PDT), foi eleito presidente da Câmara por unanimidade. Apesar da chapa única, a briga pela presidência foi tensa nos bastidores. A vereadora Mercedes D'Orto (PV) estava resistente em retirar seu nome da disputa e defendia a mesa diretora composta apenas por parlamentares de primeiro mandato.

Os novatos abriram guerra contra os cinco colegas reeleitos. Porém, os parlamentares estreantes abriram mão da presidência e emplacaram os outros nomes na composição da mesa. José Nelson da Paixão (PPS) foi eleito vice-presidente, Gabriel Roncon (PR) primeiro secretário, Renato Foresto (PT) ficou com a segunda secretaria e Cléo Meira (PTN) tornou-se terceira secretária.