O candidato ao governo do Estado pelo PMDB, Paulo Skaf, pareceu não se intimidar com o enquadramento da maior liderança de seu partido, Michel Temer, ao não garantir se vai dividir o palanque em São Paulo junto com a presidente da República, Dilma Rousseff (PT), que concorre à reeleição.

Temer, que é o vice na chapa da petista, garantiu a presença de Skaf em ações conjuntas em território paulista, revelando, inclusive, que no dia 30, o PMDB organizará grande ato na cidade de Jales, no interior de São Paulo, com a participação de Dilma. Em entrevista ao Diário, o cacique da legenda alegou que se Skaf não for a esse encontro vai perder o partido. “Mas isso não vai acontecer, ele vai à reunião”, minimizou.

Questionado sobre o posicionamento de sua legenda e das declarações de Temer, Skaf foi sucinto: “Hoje é segunda (ontem)? Eu não estou com certeza da minha agenda de amanhã. Então, um dia após o outro”, respondeu.

A declaração do candidato ao Estado vai na contramão do direcionamento da sigla, que procura casar atividades por todo o território brasileiro.

Por outro lado, no âmbito paulista, Skaf é relutante em afirmar sobre a relação entre os partidos. “Tenho falado reiteradamente que o PT, assim como o PSDB, são meus adversários aqui em São Paulo. Minha eleição é estadualizada. Irei me concentrar na candidatura ao governo do Estado”, afirmou.

AGENDA
O candidato peemedebista esteve ontem na unidade do Senai, de Santo Amaro, Zona Sul da Capital. Esta foi a segunda vez, em menos de uma semana, que Skaf compareceu ao local.

Sobre a repetição na agenda, ele declarou: “Fui convidado a estar para importante realização”, enfatizou. A instituição realizou solenidade para marcar a participação de 83 alunos na etapa nacional da Olimpíada do Conhecimento.

Como promessa de campanha, Skaf garantiu que, se eleito, investirá pesado em Educação para elevar os níveis de qualidade estruturais das escolas do Senai e Sesi. “Aqui, nós temos os equipamentos mais modernos do mundo. Esses meninos do Jardim Ângela, do Grajaú, estudam e aprendem da mesma forma, nos mesmos laboratórios e com a mesma qualidade de professores que os alunos suíços, alemães, franceses”, destacou.

O peemedebista, em contrapartida, não foi específico. “É lógico que os recursos do governo do Estado são muito maiores do que do Senai ou do Sesi. Se foi possível aqui, é muito mais possível no governo. Vou levar a experiência que adquiri no Sesi e Senai para o governo do Estado”, finalizou.

Skaf foi presidente da entidade por dez anos, entretanto, se licenciou no começo deste ano para concorrer a cadeira do Palácio dos Bandeirantes.