Apesar de pouco envolvimento com o comando da coligação Unidos pelo Brasil, lideranças do PSB no Grande ABC inclinam para que a ex-senadora Marina Silva dê continuidade ao projeto de chegar à Presidência da República encampado por Eduardo Campos, morto anteontem.

Ex-prefeito de Santo André e candidato a deputado federal, Aidan Ravin disse que a melhor opção é o nome da ex-senadora. “Natural que seja a Marina. Não tem como você pegar outro nome e construir a imagem, a dela já está construída. Mas claro que vamos debater”, afirmou o socialista.
Aidan também destacou que as peças publicitárias, inclusive gravações para o horário político na TV, foram feitas em cima de Eduardo e Marina. “A campanha está pronta, foi construída a quatro mãos. Teria que tirar a foto do Eduardo e colocar outra, no caso a do vice”, analisou.

Vereador de Santo André ligado à Rede e Marina, Almir Cicote adotou a mesma postura. “É a única vice à altura do candidato a presidente, sem desmerecer os outros. Tem conteúdo político e densidade eleitoral.”

Parlamentar em São Caetano, Severo Neto foi incisivo ao defender a ex-senadora. “Marina tem de tomar liderança e arrumar um vice à altura e conseguir o que estava traçado: chegar ao segundo turno.”

Integrante do Legislativo de Mauá, Osvanir Carlos Stella, o Ivan, considerou positiva a especulação que cerca o nome da socialista. “É uma discussão que estamos vendo de longe, estamos distantes da executiva estadual. Vejo com bons olhos a candidatura da Marina.”

Presidente da Câmara de São Caetano, Sidnei Bezerra da Silva, o Sidão da Padaria, e o vereador de São Bernardo Antônio Cabrera adotaram posicionamento de cautela. Para o são-caetanense, a “proposta de mudar o Brasil que o Eduardo pregava deve continuar”, porém, destacou que é preciso respeitar o luto. “Imagino que a Marina somava com os votos do Eduardo. Acho que quem vota na Marina votaria no Eduardo. Só não sei se a reciproca é verdadeira. Não sei dizer o que vai ser”, apontou o são-bernardense.