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‘BNDES tem de voltar ao leito natural’, diz Eduardo

Socialista afirma que governo federal fez com que banco público cumprisse ‘papel atípico’

Júnior Carvalho
Especial para o Diário
08/08/2014 | 07:25
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Denis Maciel/DGABC


Eduardo Campos, candidato do PSB à Presidência da República, prometeu conduzir o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) ao “seu leito natural”, quando garantiu que o banco público priorizará o financiamento à indústria brasileira.

Segundo o socialista, a instituição financeira administrada pelo governo federal passou a “cumprir papel totalmente atípico” nas gestões petistas de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff desde a crise econômica entre 2008.

“Nós temos de levar o BNDES para o seu leito natural, para sua expressão no mercado. O banco sempre esteve financiando a indústria de equipamentos no Brasil”, declarou Eduardo, após participar de sabatina com empresários na sede da Abimaq (Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos), na Zona Sul de São Paulo.

No ano passado, auditoria do TCU (Tribunal de Contas da União) indicou “fortes indícios de operação antieconômica e de potencial perda patrimonial para o BNDES em participações do banco estatal em negócios de Eike Batista”. O relatório foi divulgado pelo jornal O Globo. De acordo com a reportagem, o banco público investiu R$ 993,9 milhões em ações de cinco empresas ligadas ao empresário entre 2007 e 2012. Mas em 2013, o valor de mercado dessas ações não ultrapassou R$ 551,8 milhões.

Em postura semelhante à do presidenciável do PSDB, Aécio Neves, o ex-governador de Pernambuco também disparou críticas à condução da economia do País por parte do governo Dilma. Segundo o socialista, a situação atual “é a mais dura dos últimos 40 anos”. “Estamos vivendo processo de desindustrialização. Os empregos, sobretudo na indústria, estão sendo perdidos. É situação de UTI”, acusou, ao citar como solução de curto prazo políticas adotadas durante o governo, como a desoneração de impostos.

AUMENTO DE IMPOSTOS
À imprensa, Eduardo afirmou que Dilma “guarda na gaveta dois aumentos de impostos” para aplicar depois da eleição. “O Brasil inteiro sabe que ela prepara para aumentar os preços da gasolina e da energia”, disse o socialista, que não deixou de alfinetar seus adversários, afirmando que Dilma e Aécio representam “a velha política” e que “estão com os pés no mesmo barco”.

Após o encontro com os empresários, na Capital, o presidenciável seguiu para atividade na Fundação Abrinq, também em São Paulo e, no fim da tarde, cumpriu agenda em Salvador, na Bahia, onde fez caminhada no Pelourinho. 




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