Vereador de São Caetano, Fabio Palacio (PR) anunciou que passará a fazer oposição ao governo do prefeito Paulo Pinheiro (PMDB) a partir de hoje, na sessão da Câmara que marca o retorno do recesso parlamentar. O rompimento se deu pela “falta de respeito” com o Legislativo e “falta de projetos”, segundo ele.

O parlamentar explicou que a articulação política do Palácio da Cerâmica cortou as reuniões semanais com o Executivo e vem forçando aprovação de projetos de lei sem permitir que os vereadores contribuam com a discussão. “Há desrespeito muito grande com a Câmara, que não tem sido ouvida. Saí (da base de sustentação) porque via que o governo não está preocupado com o bem-estar da população”, declarou Palacio, lembrando que o debate sobre alteração na lei de postos de gasolina foi o estopim para a mudança de postura. “Querem permitir que postos de gasolina fiquem próximos às escolas municipais, o que eu considero um erro.”

Eleito em 2012 por coligação adversária a Pinheiro, Palacio justificou ter optado por ser governista para contribuir com a administração, porém “não vislumbrou grandes projetos”. “A população não pode ser penalizada por mau governo”, argumentou.

O aumento da reprovação da gestão peemedebista para 48,3%, constatado por sondagem do DGABC Pesquisas, encomendado pelo Diário, também ajudou na decisão do vereador. “Os 63% (da votação de Pinheiro em 2012) da população foram para modelo diferente de gestão. Tive de aceitar essa vontade. Mas se a população me diz que não é mais esse modelo que contempla, tenho de romper. Serei oposição construtiva, quero apontar os erros para que o prefeito se incomode e faça as correções.”

A saída da bancada governista foi informada ao articulador político, Pádua Tortorello, e à filha do prefeito, Gica Pinheiro. Com a nova postura, Palacio terá companhia dos independentes Edison Parra (PHS), Marcel Munhoz (PPS), Beto Vidoski (PSDB), Aparecido Inácio da Silva, o Cidão do Sindicato (Solidariedade) e Magali Selva Pinto (PSD).