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Preço de imóvel sobe
menos que a inflação

Apesar da alta em julho, o valor médio segue
abaixo do IPCA em Sto.André e em S.Bernardo  

Leone Farias
Do Diário do Grande ABC
05/08/2014 | 07:30
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Marina Brandão/DGABC


Os preços dos imóveis, neste ano, estão com queda real (descontada a inflação) em Santo André e em São Bernardo, enquanto em São Caetano registram praticamente uma estabilidade, de acordo com o Índice FipeZap, pesquisa realizada nessas três cidades pela Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) em parceria com o portal Zap Imóveis.

De acordo com o levantamento, que se refere ao valor médio dos apartamentos prontos anunciados na internet, em Santo André houve alta de 2,93% no metro quadrado nos sete primeiros meses do ano. Em São Bernardo, a elevação foi de 3,18% e, em São Caetano, 3,94%.

Assim, com exceção dessa última cidade, a variação ficou menor do que a taxa oficial de inflação, o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), apurado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), que acumula crescimento de 3,9% de janeiro a julho.

Isso ocorre apesar de em julho os preços terem superado bastante o IPCA – que teve alta de apenas 0,14% –, chegando a 0,66% em São Bernardo e a 0,41% em Santo André, depois de haver queda nominal em ambos os municípios nos últimos dois meses.

Para o coordenador da pesquisa FipeZap, Eduardo Zylberstayn, esse repique parece algo pontual, de curto prazo. “Preferimos olhar por uma perspectiva de mais longo prazo, não acredito em recuperação (dos valores). Já estamos há algum tempo em processo de desaceleração”, afirma.

COPA - O delegado regional do Creci (Conselho Regional de Corretores de Imóveis) em Santo André e Região, Alvarino Lemes, cita que, com o Copa do Mundo, a demanda deu uma acelerada, o que fez gerar elevação nos preços. Isso, segundo ele, porque muita gente deixou de procurar imóveis durante o período da Copa, que foi de 12 de junho e 13 de julho.

No entanto, o dirigente avalia que os valores do m² (metro quadrado) tendem a crescer lentamente e ficar próximo da inflação neste ano, entre outros motivos por causa da piora do mercado de trabalho. “Há menos vagas sendo criadas e os salários estão crescendo menos”, concorda o coordenador da pesquisa.

RANKING - Entre 16 cidades pesquisadas, espalhadas pelo País, Rio de Janeiro segue na liderança nacional (R$ 10.699 o m²). Em segundo, São Paulo, com R$ 8.186 e, na terceira posição, Brasília (R$ 8.086).

São Caetano é o sétimo desse ranking, mas o município lidera na região, com o preço médio anunciado do m² mais caro (R$ 5.457). Santo André vem na sequência (com R$ 4.683) e, depois, São Bernardo, R$ 4.447.
 




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