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Da Vila Califórnia para a Avenida Tijucuçu

José Roberto Gianello está para São Caetano...

Ademir Medici
03/08/2014 | 07:00
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“Gosto da vida acadêmica, mas nunca fui professor. Quem sabe um dia!”
José Roberto Gianello, em entrevista ao Diário do Grande ABC no dia do aniversário de São Caetano de 2007.

José Roberto Gianello está para São Caetano o que a Dra. Gisela Leonor Saar está para Rio Grande da Serra. Ambos estudam História e memória de suas cidades. Não têm cargos públicos. Mantém acervos próprios. Atendem aos que os procuram para falar da formação urbana, étnica, esportiva e tudo o mais. Com a maior alegria.

Poderíamos acrescentar muitos outros construtores da memória, a exemplo de Gianello e Dra. Gisela. São idealistas que deveriam ser muito melhores aproveitados. Caso do professor Antonio de Andrade, da Metodista, que agita literalmente o universo acadêmico em busca da pesquisa histórica – ele próprio arregaçando mangas para entender como tudo acontece.

Mas o personagem de hoje é Gianello, de formação em Sociologia, que nos acompanhará nesta que é a 2ª Semana São Caetano de 2014.

Generoso, Gianello vem nos repassando, há anos, extenso material sobre São Caetano e outras paragens. É o material que dará suporte a esta jornada. Começando por uma brochura.

Era 1952. Jornalista Nelson Martins de Almeida traçava um perfil histórico e atual do jovem município de São Caetano. Escrevia o jornalista e editor: “Surge este documentário no momento justo em que São Caetano atravessa, auspiciosamente, o seu terceiro ano de emancipação política e de instalação de sua Câmara Municipal.”

Entre as palavras de ordem, grandeza, laboriosa população, fabricitante oficina e colméia humana. Ângelo Raphael Pellegrino era o prefeito, o primeiro prefeito de São Caetano. Deputado Antonio Sylvio da Cunha Bueno era apontado como ‘o baluarte do movimento redentorista de nosso município’. E José Luiz Marinaro pautava o que seriam os levantamentos futuros da História da cidade, de personagens como Fernão dias Paes Leme, Duarte Machado e esposa Joana Machado, até ‘os braços italianos’.

Vale a pena, jovens pesquisadores, localizarem este ensaio organizado por Nelson Martins de Almeida. Chama-se Isto é São Caetano, sob os auspícios da Prefeitura Municipal e indicado por José Roberto Gianello.

NOSSO ORIENTADOR

José Roberto Gianello é filho e neto de migrantes/imigrantes. Nasceu em 1948, ‘do outro lado do Rio Tamanduateí’, na Vila Califórnia, Zona Leste de São Paulo – na prática, uma continuidade de São Caetano, como o são as vizinhas vilas Alpina e Zelina.

Quando José Roberto tinha 6 anos, em 1954, os Gianello atravessam o rio e chegam a São Caetano para morar em definitivo na cidade. Sua casa, na Avenida Tijucuçu, foi nosso quartel general quando da elaboração do livro Migração e Urbanização – a presença de São Caetano na Região do ABC, do qual José Roberto foi um dos prefaciadores, ao lado do professor José de Souza Martins.

Na segunda metade da década de 1970, José Roberto Gianello estuda e forma-se pela Escola de Sociologia e Política de São Paulo. Então...

LOGOTIPO

Na 2ª Semana São Caetano 2014, o logotipo da página foi idealizado por Agostinho Fratini, do Departamento de Artes do Diário, sobre foto de Claudinei Plaza.

A quinta leva: os imigrantes em São Caetano

A família Scottà estava no Vapor La France, que chegou ao Porto de Santos em maio de 1887. Depois da fase de transição vivida na Hospedaria dos Imigrantes, em São Paulo, a família radicou-se em São Caetano: O casal Scottá Augusto, 38 anos, e a esposa Augusta, de 42. Mais os filhos Antonia, 14; Domenico, 11; e Caterina 1.

Pesquisa: Vicente D’Angelo

Diário há 30 anos

Sexta-feira, 3 de agosto de 1984 – ano 27, nº 5587

Primeira Página – Catadores de São Bernardo conseguem adiar transferência do lixão do Alvarenga. São mais de 2.000 catadores. Quinhentos deles foram ao Ginásio do Ibirapuera, em São Paulo, exigir do governo estadual pelo menos a concessão de outra área nas proximidades. E a Cetesb adia a desativação do lixão.

São Caetano – Prefeitura isenta de impostos municipais as famílias vítimas das enchentes.

Automobilismo (Cley Schols) – Passat fica mais potente ao completar 10 anos.

Cultura – Banda de Pífanos de Caruaru traz show em comemoração aos seus 60 anos: espetáculos hoje e amanhã no Teatro Municipal de Santo André.

Polícia – Incêndio consome fábrica de móveis Vermage: Alameda Glória, 346, São Bernardo.

Santos do dia

- Santa Lídia Filippi. Viveu no século 1. Usou todo o seu prestígio social, sucesso comercial e poder de liderança para, junto de outras mulheres, levar para dentro dos lares a palavra de Cristo, difundindo, assim, a Boa Nova entre os filipenses.

O culto a Santa Lídia é uma tradição cristã das mais antigas de que a Igreja Católica tem notícia. Ela é considerada a Padroeira dos Tintureiros.

- Gamaliel

- Germano de Auxerre

- Nicodemos

- Pedro de Anagni (bispo italiano)

Municípios Brasileiros

Aniversariam: Vitória de Santo Antão (PE) e Nerópolis (GO).

Em 3 de agosto de...

1969 – Diário publica reportagem especial sobre o casarão onde nasceu e viveu o ex-prefeito e deputado Fioravante Zampol, em Ribeirão Pires, então transformado em dormitório para 15 trabalhadores do DER. Reportagem de José Marqueiz (texto) e Pedro Martinelli (fotos).

1974 – Começa mais um Campeonato Paulista. O Saad, de São Caetano, convidado, representa o Grande ABC e empata com o Palmeiras, no Parque Antarctica, em 2 a 2.

Hoje

- Dia Internacional em Memória da Escravidão e da Abolição

- Dia do Tintureiro

- Dia do Telefone

- Dia do Capoeirista

- Dia do Skate

- Dia das Vocações Sacerdotais 




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