Em reunião no TRT (Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região), sindicatos dos bancários e o Santander estabeleceram critérios para reintegrar ou indenizar parte dos trabalhadores demitidos em dezembro. O acordo, formalizado em audiência no TRT ontem, foi construído após três encontros de conciliação e três audiências, segundo o Sindicato dos Bancários do ABC.

A lista dos demitidos do Santander em todo País foi entregue pelo banco à Contraf-CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro), na segunda-feira. Pela relação, são 1.280 nomes.

Porém, com o acordo, além de reintegrar os casos comprovados de estabilidade, o banco se comprometeu a readmitir os desligados com HIV, câncer ou lúpus; a reintegrar ou indenizar os que estavam há seis meses do período de estabilidade pré-aposentadoria e cujos salários são de até R$ 10 mil; a indenizar com mais um salário nominal do trabalhador, no limite de R$ 5.000, com menos de dez anos de serviço; e a conceder seis meses de vale-alimentação aos demitidos com menos de dez anos de serviço. Os casos do Grande ABC (que com a atualização atingem 32 demissões entre as 43 agências) também serão revistos.

As audiências são reflexo da liminar requerida pelo Sindicato dos Bancários de São Paulo que suspendeu todas as demissões sem justa causa. Dispensas que ainda não tinham sido homologadas foram interrompidas, sob pena de multa diária de R$ 100 mil, no caso de descumprimento.

No Grande ABC, a Agência Regional, de Santo André - que inclui Mauá, Ribeirão Pires e São Caetano -, foi paralisada devido às demissões feitas pela instituição.

Desde o início das negociações, o Santander informou, por nota, que realizou mudanças que levaram à redução de funcionários no seu quadro. A instituição afirma que fará o possível, junto aos sindicatos, para que tudo seja resolvido da melhor maneira possível.