Bonecas? Que nada! Elas curtem mesmo é bola. Assim como os meninos, também se esforçam para não frangar. “Ainda tenho medo de colocar as mãos e me jogar, então uso os pés”, diz Mirelle Santos, 10 anos, de São Bernardo, goleira do time de futsal do colégio. Mesmo sendo cuidadosa, ela não perde a concentração e nunca se esquece do jogo em que tomou três gols. “Fiquei chateada.”

Mirelle sempre gostou de futebol. Foi de tanto assistir aos jogos e acompanhar a irmã mais velha nos jogos de handebol que escolheu ser goleira. “Pela minha altura (1,47 m) acho que sou boa no gol.”

Quem olha Yasmin Garcia, 8 anos, de São Bernardo, não imagina que ela é goleira do time de handebol. Extremamente delicada, a garota já torceu o dedo, tomou bolada, mas nada que a fizesse desistir da posição. “Na linha não sou muito boa.”

O que os garotos acham disso tudo? Mirelle e Yasmin não acreditam que exista preconceito. “Muitas goleiras são boas. As que têm medo conseguem aprender a defender na prática”, acredita Gabriel Barbosa, 9.