Os lançamentos de imóveis no Grande ABC caíram 23% até o dia 12 de dezembro, na comparação com 2011, de acordo com a Acigabc (Associação dos Construtores, Imobiliárias e Administradoras do Grande ABC), com base em levantamento feito com construtoras de cinco municípios da região, exceto Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra. Enquanto no ano passado foram lançados 9.008 imóveis, o Grande ABC ganhou pelo menos 6.923 novas unidades, segundo prévia divulgada pela entidade ontem.

No terceiro trimestre o volume de vendas também caiu, em relação ao ano passado, e passou de 2.596 para 1.923 - recuo de 25,9%.

Apesar da queda, o presidente da associação, Milton Bigucci, explica que a oscilação é natural. "O número mostra que 2012 foi um ano de acomodação do mercado e não de euforia como em 2010 e 2011. É normal, após cinco anos de subida, haver queda ou estabilidade nos lançamentos."

Já a prévia de novas unidades somente para o quarto trimestre, até 12 de dezembro, é de 3.143 imóveis contra 2.289 contabilizadas no mesmo período do ano passado - crescimento de 37,3%. A associação não divulgou dados de vendas para o período.

De acordo com o gerente regional de construção civil da Caixa Econômica Federal no Grande ABC, Rafael Arcanjo, a expectativa é que o volume disponível para a compra de imóveis na região alcance o montante de R$ 1,8 bilhão. Até o dia 23 de outubro, havia sido emprestado R$ 1,34 bilhão, enquanto que em 2011, a instituição registrou R$ 1,4 bilhão em financiamentos.

O grande volume de lançamentos registrados em 2010 e 2011 (veja arte acima) elevou o volume de estoques. Consequentemente as construtoras tiveram de diminuir o ritmo de suas construções para desová-los. Nos três primeiros trimestres do ano, por exemplo, a cidade que mais lançou imóveis foi Santo André, mas São Bernardo sempre ocupou a primeira posição no quesito novidades. "Mas como houve um volume de lançamentos muito grande no município nos anos anteriores, os estoques das unidades habitacionais aumentaram. Em 2012, as construtoras da cidade recuaram um pouco para que pudessem vender os que estão prontos", salienta Bigucci. O presidente da Acigabc explica que em setembro de 2011 eram 4.600 unidades em estoque, no mesmo mês deste ano o montante baixou para 3.333.