O nome do secretário de Assuntos Estratégicos de Ribeirão Pires, Paulo de Tarso (PTB), está sendo ventilado no grupo do prefeito eleito da cidade, Saulo Benevides (PMDB). O integrante do primeiro escalão continuaria lotado no gabinete do Executivo para realizar interlocução com os governos estadual e federal - função exercida por ele desde 2008.

Tarso só não foi garantido porque alas do grupo peemedebista questionam a permanência de um quadro da atual administração. Segundo futuros secretários, a nomeação seria perigosa, pois o petebista tem relação estreita com o atual prefeito, Clóvis Volpi (PV). Há receio de que ele passe informações do grupo do PMDB para o verde, que capitaneará o bloco de vereadores da oposição.

Mas, a experiência do atual titular da Pasta pesa na indicação. Nos bastidores, Saulo defende que o colega possui conhecimento na interlocução com Estado e União para garantir verbas.

Desde que venceu as eleições, o peemedebista tem ressaltado a importância de governar com ajuda de emendas e aportes de fora para conseguir realizar obras no primeiro ano de gestão, pois o Orçamento (R$ 241 milhões para 2013) estaria comprometido.

Ocupante de uma Pasta estratégica da futura administração ouvido pelo Diário minimizou a importância de Tarso ao dizer que "ninguém é insubstituível". "Você coloca uma pessoa nova para fazer a interlocução e no começo ela terá dificuldade, mas depois de seis meses ela estará afinada", analisou a fonte.

Outro nome cotado para um setor essencial do governo peemedebista foi mais taxativo. "Se ele entrar, é bem capaz que eu saia. Porque não dá para ter pessoa do Clóvis dentro do grupo. É absurdo", afirmou o próximo secretário.

Paulo de Tarso foi procurado pela equipe do Diário, mas não foi localizado para comentar o assunto.

Não é a primeira vez que quadros do Volpi na gestão peemedebista causa problemas dentro do futuro grupo governista. Uma conversa informal entre Saulo e Marcelo Menato (PR, ex-secretário de Desenvolvimento Econômico) causou entrevero com aliados, que se revoltaram com a possibilidade de o republicano ser chamado. Na época, o peemedebista negou que tenha feito convite a Menato.