Política Titulo Diadema
Maninho critica Lauro, porém elogia Marcos

Presidente da Câmara questiona postura de prefeito de Diadema, mas apoia escolha de articulador

Júnior Carvalho
Do Diário do Grande ABC
23/07/2014 | 07:33
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André Henriques/DGABC


O presidente da Câmara de Diadema, Manoel Eduardo Marinho, o Maninho (PT), elogiou a ida do secretário de Educação, Marcos Michels (PV), à articulação do governo Lauro Michels (PV) junto ao Legislativo. Em contrapartida, o petista voltou a se queixar do relacionamento entre a Casa e o chefe do Executivo, a quem o petista deu nota 3,5 por sua atuação como vereador, entre 2005 e 2012.

Maninho criticou a falta de diálogo por parte do verde, mas disse acreditar que o ingresso de Marcos vai “melhorar a relação”. “O Marcos é pessoa mais dinâmica, tem mais paciência, é pessoa que debate melhor com os vereadores”, avaliou.

Apesar de ter sido vereador por dois mandatos, Lauro foi raras vezes ao Legislativo desde que assumiu a Prefeitura. Nesse meio tempo, Lauro mexeu quatro vezes na articulação junto à Câmara e chegou a trocar o vereador Milton Capel (PV) por José Dourado (PSDB) na liderança do governo na Câmara.

“O Lauro foi vereador 3,5. Nem posso avaliá-lo como parlamentar, pois produziu muito pouco e não deu muita importância para o Parlamento”, disparou o petista.

O fato de o Executivo enviar projetos às pressas também tem pesado a favor da manutenção da crise com o Legislativo, opinou Maninho. Outro impasse que tem alimentado a insatisfação dos vereadores, inclusive da base governista: dificuldade de contatar alguns secretários. “O Lauro acha que é o rei, o imperador, acha que ele quem decide e nós obedecemos. Mas aqui não funciona assim”, frisou o chefe do Legislativo.

A nota dada por Maninho a Lauro é superior à avaliação feita pelo verde ao mandato do ex-prefeito Mário Reali (PT) durante a corrida eleitoral de 2012. Na ocasião, o então parlamentar deu nota 3 ao governo petista e disse que Reali sequer tinha direito à recuperação.

A chegada de Marcos é vista com bons olhos pela alta cúpula da administração para por fim à dissonância com a bancada governista – alguns chegaram a barrar requerimentos considerados importante pelo governo. Vereador eleito e chefe de gabinete durante a passagem de Lauro pela Casa, Marcos possui perfil de mais diálogo, diferentemente de seu antecessor, o secretário Francisco José Rocha, de Finanças e de Planejamento e Gestão.

MIRANDO ALTO
Não é a primeira vez que Maninho sobe o tom ao criticar Lauro. O petista não esconde o interesse em ser indicado pelo PT para disputar o comando do Paço em 2016, quando o verde deverá disputar a reeleição. Para isso, o parlamentar terá de convencer alas do petismo em Diadema que defendem a escolha de nome que ainda não tenha figurados as urnas. 




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