Economia Titulo Preços
Cesta básica da região
contraria a inflação

Pacote de produtos custa R$ 367, mas correção com IPCA
elevaria preço para R$ 405; carne contribuiu para resultado

Pedro Souza
Do Diário do Grande ABC
02/12/2011 | 07:15
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A percepção do consumidor pode ser outra, mas a cesta básica na região seguiu em sentido oposto à inflação. Em 12 meses encerrados no fim de novembro, o pacote de produtos vendidos nos estabelecimentos varejistas ficou, em média, R$ 12,85 mais barato. No 11º mês de 2010 o consumidor pagava cerca de R$ 380,30 pela cesta. Nesta semana, o valor baixou para R$ 367,45.

Neste mesmo período, a inflação ao consumidor só caminhou para cima. Corrigindo o preço médio do grupo de produtos com o índice oficial de inflação, a cesta deveria custar, nesta semana, R$ 405,47. O resultado considera a expectativa do mercado financeiro, publicada no Boletim Focus do Banco Central, para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo de novembro, com alta de 0,50%.

Na ponta do lápis, a cesta básica na região, que conta com 33 produtos alimentícios e de higiene e limpeza, está R$ 38 mais barata do que o seu possível preço se acompanhasse a inflação. E boa parte desse resultado foi de responsabilidade dos alimentos básicos como arroz, feijão e as carnes.

 

BÁSICOS

As famílias menos abastadas, normalmente, são as mais atingidas com a inflação. Isso porque os itens básicos como o arroz, feijão e a carne, são essenciais para a sobrevivência e seus encarecimentos diminuem a renda disponível desses consumidores de renda menor.

Mas foram justamente esses produtos alimentícios que tiveram forte contribuição para que o poder de compra dessas famílias aumentasse em novembro, contra o mesmo mês do ano passado.

O preço do quilo da carne de primeira teve a maior queda monetária em novembro, contra o mesmo mês do ano passado. Essa quantidade desses produtos está, em média, R$ 3 mais barata. O quilo da carne de segunda caiu R$ 0,47 no período. E a mesma quantia de frango barateou R$ 0,08.

O engenheiro agrônomo da Companhia Regional de Abastecimento Integrado de Santo André Fábio Vezzá De Benedetto avalia que a valorização do real em relação ao dólar interferiu na exportação brasileira de carne, o que aumentou a oferta interna e refletiu em menores preços ao consumidor.

Seguindo essa tendência, o saco de cinco quilos de arroz ficou R$ 1,29 mais barato na comparação dos 12 meses. O preço passou de R$ 7,69, na quarta semana de novembro de 2010, para R$ 6,40 nesta semana.

O quilo do feijão acompanhou o movimento com queda de R$ 1,27. No 11º mês do ano passado o produto custava, em média, R$ 3,70. No fim do mês passado passou para R$ 2,43.

 

PESQUISA

As informações dos produtos vendidos no Grande ABC são da Craisa. O levantamento ocorre em todas as segundas-feiras e terças-feiras. A metodologia prevê que nesses dias dificilmente os supermercados terão alguma promoção, que normalmente têm início na quarta-feira. A coleta de preços é realizada em cerca de 20 estabelecimentos comerciais. E os preços são médios, desconsiderando as variedades dos produtos.




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