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Construindo o país do futuro
Do Diário do Grande ABC
22/07/2014 | 08:49
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Artigo

Em 1900, apenas 13% das pessoas viviam em áreas urbanas. Hoje, as cidades são responsáveis por mais da metade da população mundial e esse número deverá aumentar para 70% até 2050. Diante da rápida urbanização, a infraestrutura se torna um foco de preocupação para os líderes que precisam se esforçar para criar espaços mais habitáveis e produtivos, ou seja, cidades sustentáveis.

Segundo a pesquisa The Global Competitiveness Report 2013 – 2014, realizada pelo World Economic Forum, o Brasil ocupa a 114ª posição em um ranking de 144 países em investimentos de infraestrutura. O País gasta cerca de 2% do PIB, enquanto outras nações chegam a aplicar até 10%.

Desde 2004, com a aprovação da lei 11.079, conhecida como a Lei de PPP, foram instituídas normas gerais para licitação e contratação de parceria público-privada. O governo federal já aponta para uma maior utilização das PPPs, principalmente nos segmentos de rodovias e ferrovias, enquanto os estados devem gerar oportunidades nas áreas de saneamento, resíduos sólidos e iluminação pública.

Podemos elencar três áreas onde os governos precisam se concentrar para atrair investimentos e implementar o conceito de ‘cidade inteligente’. Em primeiro lugar, é necessário mudar o foco de medidas populares para priorizar e implementar meios sustentáveis de planos econômicos de longo prazo.

Em segundo lugar, é preciso melhorar o profissionalismo e a capacidade dos programas de infraestrutura. A realidade é que os investidores estão à procura de programas claros, transparentes e bem geridos para se investir. Por isso, é necessário melhorar urgentemente o profissionalismo dos programas a curto prazo através do apoio de consultores externos experientes e, a médio e longo prazos, criar planos contínuos de capacitação interna de contratação, treinamento e desenvolvimento.

A terceira área que requer atenção dos líderes são os mercados de financiamento. A maior parte das atividades tem sido financiada através do BNDES, mas o apoio privado e os mercados de títulos e veículos de investimento devem ser estimulados a se desenvolver para que seja possível alcançar objetivos mais elevados.

Não podemos esquecer que vivemos na era da informação e isso se aplica também para empresas e investidores. Ou seja, qualquer tipo de projeto, inclusive de PPPs, sofre concorrência. Não há tempo a perder e as ações tomadas hoje refletirão pelas próximas décadas. Tomar medidas positivas hoje e colher os benefícios para as gerações, ou manter o status quo? Essa é a decisão final para a criação das cidades do futuro.

Maurício Endo é sócio da KPMG no Brasil.

Palavra do leitor

Campanhas
Jornal paulista faz comentário sobre as aparições de candidatos e suas claques pagas. Sobre Aécio Neves em sua caminhada na Baixada Fluminense, computou exatamente 150 cabos eleitorais contratados por R$ 30 por dia de trabalho entre as pessoas que estavam lá para saudá-lo. Sobre Eduardo Campos, em sua passagem pela região metropolitana de São Paulo, destacou que ele fez eventos sem público por ser desconhecido, e que era acompanhado por uma claque de 50 pessoas agitando bandeirolas e soltando rojões, ao preço de R$ 70 pelo serviço. Já sobre evento político na Praça da Sé, em São Paulo, com Lula, Alexandre Padilha (candidato do PT ao governo de São Paulo) e o prefeito Fernando Haddad, a plateia era formada por sindicalistas animados. Mas o jornal faz questão de acentuar que não detectou pagamentos à militância! E precisa mais? Lula transformou os sindicatos nas entidades mais bem pagas de todo seu governo! O que eu quero ver é Dilma Rousseff caminhando em ruas de São Paulo, a 25 de Março, por exemplo, encarando as pessoas olho no olho, e sem ser acompanhada por hostes de sindicalistas.
Mara Montezuma Assaf
Capital

Tragédias
As grandes tragédias no Brasil mostram o quanto a nossa Justiça precisa se modernizar e humanizar. A boate Kiss e o avião da TAM, com tantos mortos e famílias sofrendo, ainda não foram julgados e sabe-se lá Deus quando isso acontecerá. Qual será o fim disso? Demorar para esquecer? Uma vergonha sem tamanho. E ninguém faz nada, porque pimenta no olho dos outros no Brasil sempre é colírio. Lamentável e vergonhoso.
Zureia Baruch Jr
Capital

Saúde
Infelizmente, continuamos a ver os absurdos ocorridos na Saúde da população carente. Se pelo menos tivéssemos o padrão Fifa e os bilhões levados daqui por eles sem dedução nenhuma de impostos, talvez as coisas seriam diferentes. Aqui, em Santo André, especificamente no PS Central, uma senhora, como tantas outras, está internada há mais de duas semanas, precisando de uma cirurgia no fêmur, à base somente de analgésicos e não tendo previsão para esta intervenção. Dona Maria José dos Santos e seus familiares não são informados de nada, o que já seria de boa ética profissional, mas nem isso ocorre. Até quando continuaremos a presenciar essas cenas como tantas outras vistas nos noticiários e nada ser feito? Ninguém é responsabilizado por essas atrocidades. O que nos mostra que continuamos numa terra de ninguém, onde quem tem dinheiro leva vantagem.
Maria Helena dos Santos
Santo André

Dunga
Dunga, eu sempre observei a sua conduta de jogador. Um atleta sério e cumpridor do dever. Nunca tive intimidades próximas contigo para afirmar isso com absoluta convicção; mas, com sinceridade, é isso que me sempre transpareceu, torço e acredito ser verdade. Porém, Dunga, vejo a imprensa falando muito no seu nome para técnico da Seleção Brasileira... Dunga, por favor, seja patriota como você foi jogando por clubes brasileiros e pela Seleção, não prejudique a Seleção Brasileira aceitando esse cargo, deixe que alguém de real competência assuma isso e possa recolocar o Brasil no caminho do futebol campeão que sempre galgou, inclusive com a sua ajuda.
Benone Augusto de Paiva
Capital

Cidade da Criança
Mais uma vez vítima do poder público, a Cidade da Criança, concebida e instalada para servir como polo educativo-recreativo, encravada num bairro estritamente residencial, com as mais severas limitações de uso e ocupação em lei, na prática, volta a ser mal ocupada e a perturbar o sossego público. Série de horrorosos barracos sob o verde, armados até à madrugada, abrigaria a casa do terror e, desde o início de sua instalação, aterroriza, de fato, e tira o sossego da vizinhança. E dizer que, no Estado dito de direito, ao poder público competiria não só evitar tudo isso como, e também, promover o bem-estar da população.
Nevino Antonio Rocco
São Bernardo  




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