Economia Titulo Mudanças
Ambev propõe reestruturação para ter apenas ações ON
08/12/2012 | 09:39
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A fabricante de bebidas Ambev anunciou, na sexta-feira (07) à noite, por meio de um comunicado, que pretende fazer uma reorganização da sua estrutura acionária. A empresa, que tem hoje ações ordinárias (ON) e preferenciais (PN), terá apenas as ordinárias. A proposta será encaminhada aos acionistas da companhia em assembleia geral extraordinária a ser convocada no primeiro semestre de 2013.

 

O objetivo da mudança, segundo especialistas em mercado financeiro, é diminuir o custo de capital da empresa. Isso porque, com a operação, o preço das ações sobe e também há o aumento da liquidez dos papéis. No pregão de sexta-feira (07) na Bovespa, as ações da Ambev com direito a voto (ordinárias) fecharam valendo R$ 76,60, enquanto as preferenciais ficaram em R$ 87,75 - R$ 11 a mais. Foram negociados R$ 115,3 milhões em ações preferenciais e R$ 26,8 milhões em ordinárias.

 

No fato relevante, a companhia diz que a "reorganização societária que será proposta tem por objetivo simplificar a estrutura societária e aprimorar a governança da Ambev, com o objetivo de aumentar a liquidez para todos os acionistas, eliminar custos operacionais e administrativos e aumentar a flexibilidade para a gestão de sua estrutura de capital."

 

Além disso, a Ambev informa que quer aproveitar melhor os benefícios da amortização de um ágio de aproximadamente R$ 105 milhões (atualmente contabilizado na Inbev Participações) e que serão divididos com todos os acionistas da Ambev. A relação de troca entre as preferenciais e ordinárias será de um para um.

 

Segundo a empresa, todos os acionistas minoritários, detentores tanto de ações ordinárias quanto preferenciais, participarão do processo de aprovação da reorganização. Mas os minoritários que tiverem ações preferenciais terão oportunidade de manifestar sua posição em separado na assembleia.

 

Já a controladora da Ambev, a Anheuser-Busch Inbev (que, junto com a Ambrew, detém hoje 61,4% da fabricante brasileira) e a Fundação Antonio e Helena Zerrener Instituição Nacional de Beneficência (FAHZ) - dona de 9,6% do capital da companhia - informaram que vão se abster de votar para "fazer valer a vontade manifestada pelos demais acionistas, de forma que a implementação da incorporação de ações decorra da manifestação favorável tanto dos acionistas minoritários ordinários quanto preferencialistas".

 

Caso seja aprovada a incorporação, a FAHZ manterá sua posição no capital acionário da Ambev, mas a ABI e a Ambrew passarão a ter 61,9% do capital, por conta da inclusão de 0,5% detidos pela Inbev Participações. A Ambev ainda informou, no fato relevante, que as ações ordinárias únicas conferirão aos acionistas os mesmos direitos hoje conferidos pelos atuais papéis ordinários da companhia. Na segunda-feira (10), os executivos da empresa farão uma teleconferência para dar detalhes sobre a operação, assessorada pelo banco Rothschild. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.




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