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Viagem ao passado
Luciane Mediato
Do Diário do Grande ABC
02/12/2011 | 07:10
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Divulgação


Faz 12 anos desde a última vez que Caco, o Sapo, e seus amigos apareceram nos cinemas. Depois de longo tempo no ostracismo, os bonecos que marcaram gerações voltam às telonas em "Os Muppets", que estreia hoje nas salas do Grande ABC.

O filme não decepciona quem é fã de longa data dos bonecos ou mesmo os mais novos, que mal conhecem Miss Piggy, Animal, Gonzo, Fozzie e o Caco - ou Kermit, nome original que a Disney acaba de padronizar.

Idealizado por Jason Segel (protagonista e coescritor de "Ressaca de Amor") e com direção de James Bobin (acostumado a comandar programas de TV), o longa pega o 'touro pelos chifres', reconhecendo que os dias de glória dos Muppets estão distantes. A estratégia adotada foi fazer uma viagem nostálgica que apresenta e resgata a história dos fantoches.

Gary (Segel) e Walter são irmãos inseparáveis; exceto que Gary é um ser humano e Walter um boneco. Ao lado de Mary (Amy Adams), embarcam em viagem para Los Angeles, onde fica o Estúdio Muppets. Eles partem em resgate da turma de bonecos, que há muito se dispersou pelo mundo e que precisa se reunir para apresentação capaz de salvar o teatro onde faziam seu clássico show. Se falharem, um malvado magnata irá colocar o prédio abaixo para criar campo de extração de petróleo.

Além dessa deliciosa viagem, o filme conta com aparições especiais. Atente para Dave Grohl, líder do Foo Fighters, que toca bateria inspirado no personagem Animal, Whoopi Goldberg, Neil Patrick Harris, Jack Black e Jim Parsons (o Sheldon de "The Big Bang Theory"), entre outros.

Para quem tem mais de 30 anos, a trilha sonora de "Os Muppets" é convite ao passado. O longa abre com Simon & Garfunkel, passa por clássicos dos fim dos anos 1970 e da década de 1980, como "Cars", de Gary Numan, e "We Built This City", de Starship.

Há 35 anos as criações do norte-americano Jim Henson sobrevivem à chegada dos desenhos animados. O filme é revisão brilhante da história dos programas infantis e prova que ainda é possível fazer animações sem interferência da tecnologia utilizada em filmes como "Shrek", "Procurando Nemo" e tantos outros. Também mostra que é necessário um equilíbrio entre o amadurecimento e a inocência da infância, simbolizado pelas discussões entre Gary e Walter.




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