As empresas do segmento de estamparia junto à FEM (Federação dos Metalúrgicos de São Paulo da CUT) firmaram acordo salarial, que prevê reajuste de 8% (5,39% de reposição da inflação calculada da data base da categoria, 1º de setembro, e mais 2,5% de aumento real). A decisão contempla 2.600 funcionários que atuam no Grande ABC.

O aumento será pago em duas vezes: 7% retroativos à data base da categoria, 1º de setembro, e mais 1% em março.

Agora, falta fechar acordo com o Grupo 3 (autopeças, forjarias) e o Grupo 10 (lâmpadas e material bélico) para finalizar a convenção coletivo de todos os setores da metalurgia. A federação continua as negociações com esses setores.

NÚMEROS - De acordo com o levantamento preliminar da FEM, até o momento foram beneficiados com o aumento salarial de 8% cerca de 190 mil metalúrgicos de todos os grupos patronais, ou seja, 90% do total de 201 mil que estão em campanha na base da FEM. O índice é o mesmo para os trabalhadores da base do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC (das indústrias de São Bernardo, Diadema, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra) - que corresponde a 104 mil funcionários.

Dos 25,4 mil trabalhadores que pertencem ao Grupo 3 nas empresas da região, 23.070 já conquistaram os 8% de aumento. Já do Grupo 10, dos 11,3 mil funcionários, 4.474 têm direito ao percentual. Faltam, somando as duas categorias, 9.156 trabalhadores - no caso das empresas que ainda não se manifestaram em relação ao reajuste deste ano. Vale lembrar que mesmo as companhias que já procuraram o sindicato para fechar acordo devem esperar negociação direta com a federação, uma vez que cada setor fecha convenção coletiva e unificada.

Segundo o presidente da entidade, Valmir Marques, o Biro Biro, a categoria atravessa a "reta final" da campanha deste ano.