Política Titulo Mauá
Oposição joga a toalha pela presidência da Câmara
Mark Ribeiro
Do Diário do Grande ABC
26/11/2012 | 07:47
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O bloco de sustentação ao prefeito eleito de Mauá, Donisete Braga (PT), não encontrará resistência para eleger o presidente da Câmara para o biênio 2013/2014. Fragilizada, a oposição anuncia que não lançará candidato ao comando do Legislativo.

Dos 23 parlamentares eleitos para a próxima legislatura, apenas cinco formarão o grupo contrário à administração petista. No quinteto, Manoel Lopes (DEM) e Edgard Grecco (PMDB) são os únicos reeleitos - vão para o sexto mandato.

Experiente, a dupla considera que pleitear a presidência da Câmara diante do cenário desfavorável seria uma aventura. Desta forma, a eleição para a mesa diretora, que ocorrerá no dia 1º de janeiro, logo após a posse do prefeito e vereadores eleitos, deverá ter apenas uma candidatura: a encabeçada pelo PT.

"Não conversamos, mas é inviável lançar candidatura. Seremos no máximo cinco contra 18. É mais fácil anularmos os votos", sugere Manoel. O democrata coloca em dúvida a adesão do vereador eleito Jotão (PSDB) à oposição, embora o tucanato garanta o posicionamento.

A bancada terá ainda Jair da Farmácia e Sandra Regina Vieira, ambos do PMDB e que, assim como Jotão, foram eleitos para o primeiro mandato. O debute na Casa é grande empecilho para os que almejam presidir a Câmara. Tradicionalmente, políticos experientes rejeitam calouros na disputa.

Edgard também reconhece a fragilidade da oposição para reivindicar o posto. Ao menos, diz que articulará para eleger candidato que "resgate a autonomia do Legislativo e ouça os contrários ao governo". "Queremos este perfil. Poderá ser inclusive do PT. Não tenho constrangimento nenhum."

O peemedebista, que chefiou a Câmara no longínquo biênio 1983/1984, lembra que em outras oportunidades liderou movimento na oposição para ser eleito presidente. "Mas sempre votam no candidato do governo. Aí vem o tapinha nas costas e a frase: ‘Infelizmente não deu'. Fica só o desgaste."

Com a desistência da oposição em entrar na disputa, a presidência da Câmara deverá continuar nas mãos do PT - Rogério Santana comanda os trabalhos desde 2009. O anúncio fortalece ainda mais os petistas Marcelo Oliveira e Paulo Suares. O partido busca o consenso com aliados para que a eleição tenha candidato único.

 

 




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