Política Titulo Após críticas
Líder do PMDB de Diadema admite falta de ousadia
Bruno Coelho
Do Diário do Grande ABC
26/11/2012 | 07:36
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Marina Brandão/DGABC


Após sofrer críticas do presidente do PMDB paulista, o deputado estadual Baleia Rossi, o mandatário do diretório municipal do partido em Diadema, Waldir Salles Lopes, admitiu que a agremiação precisa ser mais "ambiciosa" na próxima eleição, inclusive, pleiteando a Prefeitura daqui a quatro anos.

Em entrevista ao Diário, Baleia disse estar insatisfeito com a atuação do PMDB em Diadema, uma vez que o partido caminhou "ao lado da máquina" (na tentativa do prefeito Mário Reali, PT, em renovar o mandato). A consideração da cúpula é de que, a sigla deveria, no mínimo, ter feito dois vereadores. Cida Ferreira garantiu manutenção da cadeira no Legislativo.

Lopes concordou que a postura do partido terá de ser "mais ousada" no futuro e cogita preparar o caminho para uma candidatura ao Paço. "Está na hora de aparecer um nome (para se candidatar a prefeito) e precisamos preparar o campo (para 2016). A última vez que tivemos um nome grande, fizemos seis vereadores", lembrou o presidente.

O mandatário se refere à eleição de 1992, quando o PMDB disputou o Executivo com Adhemar Michels - morto em 2009-, pai do prefeito eleito Lauro Michels (PV). Na ocasião, o peemedebista recebeu 10.462 votos e não conseguiu evitar a polarização da disputa entre Eliete Menezes (PSB, 47.335 sufrágios), esposa de Gilson Menezes, e José Filippi Júnior (PT, 50.368). Apesar disso, a agremiação elegeu seis vereadores, entre eles, Cida, Milton Capel, José Pedro Merenda e Marion Magali.

Contudo, candidatura à Prefeitura não será a única barreira do PMDB de Diadema. A falta de renovação de lideranças políticas dentro da sigla na cidade é outro fator que explica a dificuldade de ascensão eleitoral.

A última vez que o PMDB mostrou força foi em 1996, quando elegeu Orlando Annibal, Capel e Cida. Nos anos seguintes, porém, o PMDB perdeu representatividade com as desfiliações de fortes nomes da política local. Houve um suspiro em 2004, com a dobrada Cida e Capel - retornou do PPS, mas migrou para o PV depois. Entretanto, não consolidou o processo de renovação. Como resultado, o partido elegeu apenas a peemedebista desde 2008.

No ano passado, o vereador Pastor Edmilson trocou o PRB pelo PMDB, fazendo uma dobrada com Cida na Câmara. No entanto, o parlamentar recebeu 2.039 votos e não conseguiu se reeleger, tornando-se primeiro suplente, enquanto a peemedebista teve a preferência de 3.548 eleitores e ratificou seu sétimo mandato no parlamento diademense.

 

 




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