Economia Titulo Empregos
Telemarketing: setor
mantém vagas o ano todo

Há 2.460 postos de trabalho cadastrados nos centros públicos
do Grande ABC para a função de operador de telemarketing

Tauana Marin
Do Diário do Grande ABC
26/11/2012 | 07:34
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Quem está à procura de uma oportunidade no mercado de trabalho deve ficar atento às vagas oferecidas na área de contact center (também conhecida por call center). No Grande ABC, por exemplo, apenas nesta semana há 2.460 postos de trabalho cadastrados nos centros públicos da região para a função de operador de telemarketing. Desse total, 2.270 vagas estão reunidas no banco de dados do PAT (Posto de Atendimento ao Trabalhador) de Ribeirão Pires. Outras 160 oportunidades estão disponíveis no CPETR (Centro Público de Emprego, Trabalho e Renda) de Mauá. Mais 30 vagas são ofertadas na CTR (Central de Trabalho e Renda) de São Bernardo.

O segmento é a porta de entrada ao mercado tanto para quem deseja encontrar o primeiro emprego, quanto para aqueles que estão desempregados. Atualmente, segundo o Sintelmark (Sindicato Paulista das Empresas de Telemarketing, Marketing Direto e Conexos), no Estado de São Paulo há 400 mil profissionais e, desse total, cerca de 100 mil atuam no Grande ABC. A meta do setor para este ano era crescer 8%.

Stan Braz, presidente executivo do Sindicato, conta que o segmento está em constante desenvolvimento. "O potencial de expansão é grande, pois estamos identificando uma participação cada vez mais frequente dos multicanais de atendimento. Além disso, estão sendo realizados investimentos pesados em qualificação de profissionais e em tecnologia, o que vêm gerando oportunidades, consolidação do plano de carreira aos funcionários, ampliação das receitas das empresas e da capacidade de atendimento."

A maioria dos operadores em atividade atua nas seguintes áreas: 45% com SAC (Serviço de Atendimento ao Cliente); 22% com televendas; 23% com recuperação de crédito e 10% em outras atividades.

Segundo o Sintelmark, o salário médio para jornada de seis horas é de R$ 700. A maioria dos profissionais da área (69%) é do sexo feminino; 45% estão no primeiro emprego e 55% têm idade entre 18 e 25 anos.

 

CADASTRO

Interessados em garantir vaga de trabalho precisam comparecer aos centros públicos com carteira de trabalho, RG e CPF, das 8h às 17h, de segunda a sexta-feira. Outra opção é se cadastrar pela internet (www.maisemprego.mte.gov.br). Além das vagas para call center, os órgãos de fomento ao trabalho da região reúnem outras oportunidades. O CPETR de Diadema, por exemplo, dispõe de 326 postos em entre diversas funções.

 

Serviço: Centro de Trabalho e Renda de São Bernardo (Rua Marechal Deodoro, 2.316, Centro); CPETR de Santo André (Avenida Artur de Queirós, 720, Casa Branca ou Rua Sigma, 300, Vila Mazzei); CPETR de Diadema ( Rua Professora Vitalina Caiafa Esquível, 101, Centro); CPETR de Mauá (Rua Manoel Pedro Júnior, 45, Vila Bocaina) e PAT Ribeirão Pires (Avenida Capitão José Gallo, 55, Centro).

 

OPERADORES

Em análise do perfil do operador de contact center atuante no estado de São Paulo, o Sintelmark (Sindicato das Empresas de Telemarketing, Marketing Direto e Conexos) constata que dois em cada dez destes profissionais cursam Ensino Superior - 71% deles possuem Ensino Médio completo, 19% Superior incompleto e 10% concluíram a faculdade.

Apesar do índice daqueles que fazem graduação ser considerado bom pelo sindicato, o percentual de operadores que dominam um segundo idioma ainda é muito baixo. "Há um deficit no mercado brasileiro de operadores que falem a língua inglesa e este é um ponto fundamental para que o País cresça no mercado outsourcing (processo da terceirização dos serviços)", diz Stan Braz, diretor presidente executivo do Sintelmark.

Ele explica que atualmente engenheiros de telecomunicação indianos são requisitados por empresas do mundo inteiro. "Mas, no Brasil, mesmo com softwares modernos e escolaridade considerada avançada de funcionários, falta uma educação básica de qualidade. Para ter ideia, as empresas do segmento investem 7% de seu faturamento em tecnologia e capacitação como aperfeiçoamento do português, linguagem formal do mercado de trabalho, entre outros aspectos básicos comportamentais para qualquer profissional", completa Braz.




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