Economia Titulo Fraude
Páginas falsas de bancos são
as mais utilizadas por golpistas

Técnicas mais utilizadas para roubar as senhas e credenciais
dos clientes bancários, pela web, são o pharming e o phishing

Pedro Souza
Diário do Grande ABC
25/11/2012 | 07:01
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As técnicas fraudulentas mais utilizadas por golpistas para roubar as senhas e credenciais dos clientes bancários, pela internet, são o pharming e o phishing. Os nomes são estranhos, mas a função é simples, criar uma página semelhante à da instituição financeira para roubar as informações digitadas.

Segundo o diretor setorial de Prevenção a Fraudes da Febraban (Federação Brasileira de Bancos), Marcelo Câmara, cabe ao cliente se prevenir, tendo em vista que as páginas falsas são ativadas, geralmente, por programas espiões e maliciosos instalados nos computadores dos clientes.

"Os criminosos conseguem acesso pelo meio menos protegido, no caso o cliente", destacou Câmara, lembrando que o setor bancário brasileiro investe, ao ano, cerca de R$ 20 bilhões em informática, valor no qual estão incluídos os processos de segurança.

Para praticar o pharming e o phishing, os criminosos tentam de tudo para instalar os programas maliciosos nos computadores dos clientes. Entre as técnicas mais conhecidas estão os e-mails que solicitam que o usuário clique em algum link.

"Nunca clique em algo de desconhecidos, ou em mensagens que despertem desconfiança sobre a veracidade. Basta um clique em algum link errado e o software malicioso se instala no computador", explica Câmara.

Mensagens instantâneas, correspondências por redes sociais ou ícones falsos em sites também podem esconder links que são entrada para os programas fraudulentos.

Câmara orienta que o cliente bancário, em primeiro lugar, deixe sempre atualizado o navegador e o anti-vírus. Mas destaca que os criminosos, com muito conhecimento em informática, também atualizam suas armas. "Nesse caso é sempre interessante instalar o programa de proteção que os bancos oferecem em seus sites." Ele explicou que mesmo com toda a proteção, os fraudadores ainda conseguem ultrapassar as barreiras. E cabe ao cliente prestar atenção em todos os elementos da página do seu banco, pois é comum que as páginas falsas tenham algo faltando ou diferente da original e erros de português. "Se desconfiar, ligue para o banco e confirme se a página que está acessando é a verdadeira."

Os bancos também monitoram todas as transações e emitem alertas em casos que saem da rotina dos clientes. Esses avisos podem ser por bloqueio da transação, pedido de outra informação pessoal do cliente ou ligação para a confirmação da operação.

Segundo Câmara, é comum que os bancos realizem o ressarcimento aos clientes que caíram nos golpes. "A menos que tenha a desconfiança de auto-fraude. Neste casos, o banco só libera o dinheiro se provar que não é uma auto-fraude."




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