A corrida pela presidência da Câmara de Rio Grande da Serra está agitada. Quatro nomes disputam o cargo, sendo que três deles são da ala governista e um do PT. O prefeito eleito da cidade, Gabriel Maranhão (PSDB), ressalta que não participará do processo de escolha, mas reitera que não abre mão de ter um aliado no comando da Casa.

O tucano diz que os parlamentares devem resolver o nome de consenso entre os dez eleitos pela sua coligação. "Vou ficar feliz de ter qualquer um no cargo, pois sou grato a todos pela minha votação", destaca.

Mas nem tudo tem sido esse mar de rosas. O vereador Edvaldo Guerra (PV) manifesta o desejo de voltar a exercer a função desempenhada por ele entre 2008 e 2009. O verde tem bom trânsito com os colegas. Porém, o grupo do governo está com o pé atrás para avalizar a candidatura, pois o verde foi oposição ao Executivo no período em que comandou a Casa.

Com isso, os novatos ganham força. Claurício Gonçalves Bento (DEM) usa o discurso de ser o mais votado para garantir o apoio, que poderia ser conquistado com amplo espaço do PSDB na mesa diretora. A surpresa fica por conta de Agnaldo Miranda (PSDB), irmão do secretário de Governo no município, Gilmar Miranda. O lobby do tucano tem sido forte, mas ainda não conseguiu convencer os interlocutores governistas.

O PT corre por fora para emplacar Cleson Alves de Souza (PT). A bancada petista possui três votos e busca apoio de possíveis governistas descontentes. Segundo fontes ouvidas pelo Diário, os contatados até o momento são Israel Mendonça (PDT) e o parlamentar reeleito João Mineiro (PTB).

O pedetista é irmão do ex-secretário de Desenvolvimento Econômico Gilvan Mendonça, preterido na briga pela vice de Maranhão, que ficou com Marilza Aparecida de Oliveira (PTB). Já o petebista estaria chateado com a falta de atendimento do Executivo às demandas apresentadas por ele.

Futuro vereador e presidente do PT em Rio Grande da Serra, Benedito Araújo garante Cleson na disputa, mas prega cautela sobre a articulação petista. "Amadurecemos muito. Conversa não quer dizer composição, mas queremos dialogar com todos. Essa é a nossa meta", afirma.

DE OLHO

Nos bastidores, comenta-se que Waldemar Perillo (PSDB), atual presidente, pode tentar novamente mudar o regimento interno da Casa para buscar a reeleição. O tucano fracassou na primeira tentativa no mês passado. Ele usará da experiência junto ao governo para garantir seu nome.