Política Titulo Punição
Sehal está na dívida
ativa de São Paulo

Sindicato de Hospedagem e Alimentação do ABC não
pagou a multa de R$ 85,8 mil aplicada pela prefeitura

Beto Silva
Do Diário do Grande ABC
23/11/2012 | 07:33
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Por não ter pago a multa de R$ 85,8 mil aplicada pela Prefeitura de São Paulo, o Sehal (Sindicato de Hospedagem e Alimentação do Grande ABC) está inscrito na dívida ativa da Capital.

A punição à entidade ocorreu em 2007 porque descumpriu o contrato, efetivado em 2006 com a administração paulistana, no valor de R$ 858 mil. O convênio previa a inserção de 40% a 60% dos alunos dos cursos do projeto Capacita Sampa.

Os treinamentos profissionalizantes eram para as áreas de cultura, gastronomia, informática e hotelaria, a maioria promovida pelo Sehal. Ao mensurar os resultados e observar que não foram atingidas as metas estabelecidas, a Secretaria Municipal do Trabalho cancelou o contrato e multou o sindicato.

A entidade recorreu junto à administração paulistana por diversas vezes, sem sucesso. E buscou a Justiça comum para tentar reverter a penalidade. O caso ainda não foi julgado. Procurado, o Sehal não explicou os motivos que o levaram a discordar da multa.

 

SÃO BERNARDO

Em decorrência da punição, a entidade está proibida de efetivar convênio com a prefeitura da Capital. O que não vale, porém, para relação com outras administrações. Caso do Paço de São Bernardo, onde o sindicato tem parceria ativa, a qual, desde 2010, rendeu R$ 8,4 milhões de repasses feitos pela administração Luiz Marinho (PT).

O contrato com a gestão petista prevê a realização de cursos nos setores de alimentação e hospedagem com aulas teóricas e práticas. Não há cláusula para inserção dos participantes no mercado de trabalho, como ocorria em São Paulo. Mas a secretária de Educação, Cleuza Repulho, afirma que cerca de 60% das pessoas que concluem os treinamentos arrumam emprego ou melhoram sua posição profissional.

O contrato com o governo de São Bernardo é contestado pela oposição, que considera o valor envolvido exorbitante. A desconfiança é de que o serviço não seja prestado de maneira correta, abrindo brechas para desvios. A Prefeitura são-bernardense nega. Vereadores e lideranças políticas contrárias à administração Marinho, como o deputado estadual Alex Manente (PPS), afirmam que ingressarão com representação no Ministério Público para apurar o contrato com o Sehal.




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