Economia Titulo Trabalho
Ensino Técnico abre
as portas no mercado

Empresas brasileiras, como Petrobras, têm carência desse tipo
de mão de obra; estão previstas a abertura de 50 mil vagas

Tauana Marin
Do Diário do Grande ABC
23/11/2012 | 07:59
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O mercado de trabalho atual carece de profissionais com base técnica. No setor de petróleo e gás as chances são grandes. Segundo o técnico de inspeção de equipamentos e instalações da Petrobras Recap (Refinaria de Capuava) Antonio Damião Ros, para os próximos três anos a estatal prevê abertura de 50 mil vagas para técnicos de diferentes áreas. "Como é um setor da economia em pleno desenvolvimento e com muito investimento do governo, a tendência é que faltem cada vez mais técnicos."

 

A declaração de Ros foi durante a Rodada de Palestras na Etec Júlio de Mesquita, em Santo André, para os alunos do 2º ano do Ensino Técnico. A palestra faz parte de um projeto realizado pelo DGABC Pesquisas, com patrocínio da Petrobras. O Diário, o Sesi e o Instituto Mauá de Tecnologia apoiam a iniciativa.

Na visão do diretor adjunto do Sintec-SP (Sindicato dos Técnicos Industriais do Estado de São Paulo), Wilson Vieira Junior, o jovem que seguir esse caminho profissional encontrará muitas oportunidades. "Hoje essa é uma profissão regulamentada. A pessoa pode atuar no setor de metalurgia, civil, química, arquitetura, eletrônica, mecatrônica e muitas outras. O leque de possibilidades é enorme."

Segundo Vieira Junior, a dificuldade dos dias atuais é atrair os olhares dos jovens para os cursos técnicos. "As pessoas pensam em ir direito para o curso superior. Quem opta pelo técnico já sai da escola com bagagem e arruma emprego ou estágio mais facilmente, depois de concluir o curso (de um ano e meio a dois). Isso não impede o jovem de fazer faculdade, se especializar. Ele pode até pagar a graduação com o trabalho que já conseguiu com o técnico."

Ele explica que a cada sete profissionais com nível técnico é necessário um engenheiro. "Os salários médios beiram os R$ 7.000, podendo alcançar cifras bem maiores", conta.

O professor doutor de Engenharia Elétrica e Industrial do Instituto Mauá de Tecnologia Wânderson de Oliveira Assis compartilha dessa ideia. "É muito melhor quanto temos um aluno de base técnica, porque muitas vezes já está no mercado e vivencia o dia a dia do profissional." Para o docente, a graduação em engenharia, seja de qual ramo for, acrescenta ao profissional especialização e dá autonomia de seguir em diferentes áreas, desde o mercado financeiro até o de empreender, abrir o próprio negócio. "Esse caminho assegura ao jovem uma carreira promissora."

 

 

 




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