Sob tensão, o Palmeiras enfrenta o Flamengo, às 17h de hoje, no Estádio Raulino de Oliveira, em Volta Redonda, no Rio. Se perder estará automaticamente rebaixado. Se empatar, terá de torcer para que Bahia e Portuguesa não somem pontos nesta e nas duas últimas rodadas.

A situação do time paulista - 18º com 33 pontos - é tão dramática que mesmo uma vitória pode jogá-lo para a Série B caso Bahia e Lusa, ambos com 40 pontos, vençam seus jogos, respectivamente contra Ponte Preta e Grêmio.

O dia que pode se tornar fatídico para o Verdão, assim como ocorreu na queda de 2002, é resultado de uma sucessão de equívocos. Começou quando da conquista da Copa do Brasil. Com a vaga garantida na Libertadores, a equipe desacelerou e começou a ficar para trás. Na sequência surgiram desgastes entre Luiz Felipe Scolari, jogadores e dirigentes, que resultaram na saída do técnico.

O clube foi atrás de Gilson Kleina, ex-treinador da Ponte Preta, esperando quase milagre. A reação aguardada não veio, o time continuou mergulhado na zona de rebaixamento e viu o atoleiro aumentar no fim de semana após a derrota para o Fluminense em Presidente Prudente. Resultado: ameaças de torcedores a jogadores e dirigentes. É deste caldeirão que o Alviverde tenta fugir.

Para piorar o drama, Kleina não poderá contar com alguns jogadores, entre eles o volante Wesley, com lesão muscular na coxa direita, e o volante Marcos Assunção, com dores no joelho. O time mergulhou em espécie de retiro nos últimos dias para ficar totalmente concentrado no jogo. O técnico fez mistério sobre quem inicia a partida como recurso para enganar o adversário.

O meia Patrik Vieira - também contundido - resumiu em uma frase o que o time paulista tem de fazer em campo. "Agora, raça e vontade serão o mais importante para nos recuperarmos e, assim, mantermos as chances (de escapar da degola)."

No Flamengo, o goleiro Paulo Victor será o titular. Felipe está machucado.