Aproveitando a ausência da fiscalização da administração pública municipal, vários vendedores ambulantes ilegais se espalharam, ontem, pelo calçadão da Rua Coronel Oliveira Lima, em Santo André, e obstruíram a passagem dos consumidores que caminhavam pelo local.

Desta maneira, quem sofreu com a situação foram os comerciantes locais. Além de enfrentarem baixo movimento de consumidores pela emenda dos dois feriados, da Proclamação da República e da Consciência Negra, viram suas vendas diminuírem em até 2% por causa dos ambulantes ilegais, destacou o presidente da Sol (Sociedade Oliveira Lima e Região), Hélio Farbe.

"Lamentamos que a prefeitura não foi sensível e deixou os fiscais da Craisa (Companhia Regional de Abastecimento Integrado de Santo André) de folga", disse Farbe. Ele explicou que os funcionários da Craisa são os responsáveis pela fiscalização dos ambulantes. "E mesmo avisada de que o comércio abriria hoje (ontem), a prefeitura deu folga para eles."

Os ambulantes, por quase toda extensão do calçadão, estenderam mantas e deixaram seus produtos à disposição, obstruindo o acesso dos passantes. Eles comercializavam DVDs piratas, bolsas, eletrônicos, roupas e bijuterias.

"É um problema. Além de causar a repulsa do consumidor, que vai deixar de buscar uma compra na rua e para ir ao shopping, alguns deles competem diretamente com lojas formais com preços menores, pois contam com pirataria e não pagam impostos", criticou Farbe.

O gerente da loja Galluzi Modas, Silvano Galdino de Araújo, avaliou que é difícil mensurar as perdas. "Mas eles realmente atrapalham a passagem dos consumidores." Ele destacou que a proximidade com o fim do ano atrai os ambulantes para o local.

A Prefeitura de Santo André e o Craisa não foram encontrados para esclarecer sobre a falta de fiscalização.