Economia Titulo Energia elétrica
Tarifa de pequena
indústria é mais cara

Com o consumo de energia elétrica menos intenso,
custo é 135% maior que o das grandes companhias

Soraia Abreu Pedrozo
Do Diário do Grande ABC
16/11/2012 | 07:56
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As micro e pequenas indústrias desembolsam com o valor da tarifa elétrica 135% a mais do que as grandes companhias. Justamente pelo fato de o consumo ser menor, e a energia ser proveniente de fios de baixa tensão, o custo se eleva. As grandes, que têm uso mais intensivo, recebem eletricidade dos fios de alta tensão e têm maior poder de barganha, portanto, pagam menos pela conta de luz.

Essa é a conclusão do Simpi (Sindicato da Micro e Pequena Indústria do Estado de São Paulo), com base em estudo encomendado ao Ibecon (Instituto Brasileiro de Economia e Finanças) para embasar os gastos elevados e enviar cópia para análise do governo federal. O intuito do levantamento é verificar a viabilidade de aplicação de mesmo percentual de redução nas tarifas de energia elétrica a todas as empresas, independente do porte.

No início de setembro, a presidente Dilma Rousseff anunciou a medida provisória nº 579/2012, em análise no Congresso Nacional, que prevê, a partir de janeiro, baixar o preço das tarifas em até 28% para o setor produtivo e, em média, 16,2% para as residências. No caso das indústrias, o presidente do Simpi, Joseph Couri, explica que a diminuição para as micro e pequenas será de 19,4%, por conta do consumo menor.

"As reduções diferenciadas nas tarifas para o setor produtivo, previstas na medida provisória, privilegiam as grandes empresas e tiram ainda mais competitividade das micro e pequenas, hoje as maiores geradoras de emprego", afirma Couri. "Queremos mostrar ao governo que é possível dar desconto igual, que poderia ser de 25%, por exemplo. Se a proposta for declinada, queremos justificativa de por que não dá para fazer. O que não dá é colocar tudo na conta das menores." O estudo encontra-se em fase de conclusão e deve ser enviado ao governo ainda neste mês.

Na avaliação do diretor do Ciesp de Santo André, que abrange Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra, Emanuel Teixeira, as empresas de micro e pequeno porte são mais penalizadas por conta do modelo industrial do Brasil. "As empresas mais beneficiadas são as produtoras de commodities, grandes exportadoras, e não as indústrias de transformação, que poucos vendem ao Exterior", afirma. "Mesmo sendo as que mais empregam, as pequenas pagam mais impostos e maior tarifa de energia elétrica."

CONSUMO

De fato, as fabricantes de matérias-primas são as que mais consomem energia elétrica. Conforme explica Eduardo Chiarini, gerente de negócios da Chiarini Consultoria, especializada no assunto, todas as cadeias produtivas com maior valor agregado possuem participação menor da energia elétrica nos preços de seus produtos, entretanto, os fornecedores são quase sempre intensivos em eletricidade.

Nas produtoras de alumínio, por exemplo, de 25% a 35% do preço do item final correspondem aos gastos com energia elétrica. Nas siderúrgicas, esse percentual é de 20% a 30% e, nas mineradoras, de 18% a 25%. Para efeito de comparação, nas empresas do setor automobilístico, que inclui as autopeças, de 4% a 6% do custo refere-se a gastos com eletricidade (veja arte ao lado).

 

 

Receita deposita hoje restituição do 6º lote do Imposto de Renda

 

Os 468 mil contribuintes contemplados com nome na lista do sexto lote de restituição do Imposto de Renda podem conferir suas contas-correntes e poupanças. A Receita Federal deposita hoje o equivalente a R$ 944 mil. Os valores estão acrescidos da taxa Selic de 4,90% (de maio a novembro).

A restituição ficará disponível no banco durante um ano. Se o contribuinte não fizer o resgate nesse prazo, deverá requerê-la por meio da internet, mediante o Formulário Eletrônico - Pedido de Pagamento de Restituição ou diretamente no e-CAC, no serviço Declaração IRPF.

A Receita informa, também, que, caso o valor não seja creditado, o contribuinte poderá contatar pessoalmente qualquer agência do Banco do Brasil ou ligar para a central de atendimento por meio dos telefones 4004-0001 (capitais), 0800-729-0001 (demais localidades) e 0800-729-0088 (deficientes auditivos), para agendar o crédito em conta-corrente ou poupança, em seu nome, em qualquer banco.

Quem ainda não foi contemplado, se não caiu na malha fina, receberá a restituição no sétimo e último lote do ano, que será pago em 17

de dezembro.

 

 




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