Política Titulo Troca de partido
Petista, Rogério Santana é assediado pelo PSD
Mark Ribeiro
do Diário do Grande ABC
10/11/2012 | 07:18
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Em busca de fazer com que o PSD finalmente surja com força em Mauá, articuladores da sigla na Capital e no Grande ABC têm assediado o presidente da Câmara, Rogério Santana, a deixar o PT para ingressar no partido idealizado pelo prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab. O petista, que em outubro foi reeleito vereador para mais quatro anos, recusa o convite, lembrando sua força e seu histórico de militância no petismo.

Tão logo foi encerrada a eleição, o presidente da Câmara de São Paulo, José Police Neto (PSD), visitou o petista em Mauá para intensificar a investida. Em vão. Rogério está fortalecido no PT, ainda mais depois da vitória de Donisete Braga (PT) a prefeito. Por ter sido um dos principais fiadores da candidatura do companheiro ao Paço, o vereador tem prioridade em concorrer a deputado federal em 2014 pelo petismo.

Foi justamente nesta condição em que os pessedistas se apegaram para tentar atraí-lo. Police Neto e o presidente da Câmara de Ribeirão Pires, Gerson Constantino (PSD), são colegas de Rogério no Parlamento Metropolitano, colegiado que reúne os 39 presidentes de Câmaras da Região Metropolitana. A dupla deu ao petista a garantia de legenda para ele se candidatar ao Congresso daqui a dois anos, o que foi recusado pelo bom momento no PT.

Questionado pela equipe do Diário, Rogério, a princípio, evitou comentar a situação, mas depois cedeu. "O namoro é natural pela proximidade que temos pelo Parlamento Metropolitano. Mas sou quadro histórico do PT. Não tenho como sair", sintetizou. Caso a troca se concretizasse, o petista correria, inclusive, risco de perder o mandato na Câmara por infidelidade partidária.

Aliança - Naufrágio da investida pela filiação de Rogério Santana ao PSD à parte, Police Neto planeja a "estruturação" do partido em Mauá. A tendência, reconhecida pelo próprio parlamentar, é a de que a sigla dê base ao governo de Donisete Braga.

Para tanto, nem mesmo a troca do comando da executiva local está descartada. O PSD mauaense é presidido por Bianca Lopes, filha do vereador Manoel Lopes (DEM). Pela inevitável interferência do democrata, a legenda apoiou a concorrente oposicionista Vanessa Damo (PMDB) ao Paço. Porém, não lançou nenhum candidato a vereador.

"Temos alinhamento com o PT no Grande ABC que ainda está para acontecer em Mauá. Precisamos de uma articulação mais forte", constata Police Neto. Pela inexistência eleitoral do PSD em Mauá neste ano, o articulador evita inclusive o termo reestruturação. "É estruturação. Não tivemos sequer candidato a vereador", lembra.




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