Economia Titulo Paralisação
Sindicato presta queixa contra Ultragaz

Boletim de ocorrência diz que empresa ameaça
funcionários que estão em greve

Erica Martin
Do Diário do Grande ABC
10/11/2012 | 07:29
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O presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo, Valter Adalberto, fez ontem um BO (Boletim de Ocorrência) contra duas distribuidoras da Ultragaz localizadas no Grande ABC. A categoria está em greve desde o dia 29 de outubro, entretanto, liminar da Justiça determinou que fossem garantidos, no mínimo, 40% da produção e 30% do contingente de funcionários na Grande São Paulo.

O texto do BO, feito por volta das 15h30, no 1º DP de Mauá, diz que "que a liminar foi devidamente cumprida, contudo, a empresa vem pressionando os funcionários, inclusive por meio de seus familiares, para que retornem ao serviço."

O documento aponta que os empregados foram ameaçados de demissão. "É uma afronta ao direito de greve", disse Adalberto. A Ultragaz não retornou aos contatos do Diário.

O Sindigás (Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Gás Liquefeito de Petróleo), entidade patronal que representa empresas como Nacional Gás Butano, Liquigás e Supergasbras, propôs reajuste salarial de 6 %, enquanto o sindicato dos trabalhadores quer aumento de 15,31 % .

Além disso, a categoria quer PLR mínima de R$ 6.000, talão de refeição com 30 tíquetes de R$ 30, cesta-básica no valor de R$ 500 mensais e auxílio-creche de R$ 510,90 para crianças com idade até 36 meses. A decisão foi parar na Justiça devido à falta de acordo entre funcionários e empresas. Entretanto, na audiência de reconciliação realizada na quinta-feira não houve avanço - o desfecho das reivindicações trabalhistas, portanto, será decidido arbitrariamente pela Justiça. Para a Ultragaz e a Utingás, as propostras trabalhistas são diferenciadas - o sindicato trata diretamente com cada uma das empresas.

Enquanto a greve não cessar, o gás de cozinha vai continuar faltando. A equipe do Diário entrou em contato com nove estabelecimentos da região, cinco não tinham mais o produto e nos demais o gás acabaria entre ontem e hoje. Quem ainda tem produtos para vender está elevando os preços. "Só tenho dois botijões no meu estoque. Estou comprando de outra empresa que não está em greve e pagando mais caro porque não é minha fornecedora", explica o gerente de estabelecimento em Diadema, Bismar Batista, que subiu o preço do botijão de R$ 40 para R$ 45.

 

 




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