O prefeito eleito de Diadema, Lauro Michels (PV), protocolou ofício ontem na Prefeitura solicitando a prorrogação de contratos de serviços considerados essenciais à administração pública. Michels pediu a extensão por mais seis meses de acordos para fornecimento de merenda, remédios, admissão de médicos e convênio com creches e associações sociais do município.

O requerimento foi feito dois dias após o verde ter recebido do governo Mário Reali (PT) relatório preliminar sobre situação de setores de bens essenciais. Na terça-feira, na primeira reunião de transição, Michels já havia afirmado que estava temeroso com a possibilidade de desabastecimento no Paço.

"Estou preocupado com contratos essenciais, como creches, remédios. Precisamos ver também verba emergencial para Defesa Civil, pois janeiro e fevereiro são meses de chuva. Temos de deixar uma equipe preparada para a cidade", disse o prefeito eleito, ontem. "Quero que eles (petistas) tenham prudência (com o fim do governo do PT)."

Na terça-feira, o chefe de Gabinete da Prefeitura, Osvaldo Misso (PT) - designado por Reali para comandar a transição pelo lado do PT -, garantiu que a administração não iria deixar rombos para a gestão de Michels. Refutou, inclusive, a informação dada pelo verde de que a dívida do Executivo ultrapassava R$ 1,1 bilhão, enaltecendo que os principais passivos foram equacionados pelo governo petista.

SECRETARIADO

Michels voltou a dizer que só definirá seu secretariado em dezembro. "Estou mais focado na transição agora", alegou. O verde confirmou contatos feitos com Sônia Costa Pereira, mulher do ex-vice-prefeito Romeu da Costa Pereira, para ocupar a Pasta de Educação. Mas afirmou que ela dificilmente será secretária.

"A dona Sônia está com 72 anos. Gostaria muito que fosse secretária, mas ela foi franca ao dizer que a possibilidade de assumir a Educação é praticamente nenhuma. Ela vai me ajudar a desenvolver a Educação, mas não será funcionária. Infelizmente", discorreu o verde, que na infância estudou no colégio administrado por Sônia.

O prefeito eleito também reiterou desejo em ver o ex-deputado e vereador eleito José Augusto da Silva Ramos (PSDB) em seu primeiro escalão. O convite oficial já foi feito, mas o tucano estaria relutante em assumir a Pasta. José Augusto teria confidenciado a amigos que sua vontade é se encorpar politicamente como vereador para disputar, em 2014, novamente uma cadeira na Assembleia Legislativa.