Política Titulo São Bernardo
Adversários fazem coro de oposição a Marinho
Rogério Santos
do Diário do Grande ABC
03/11/2012 | 07:55
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Arquivo/DGABC


Derrotados na disputa pelo Paço de São Bernardo, Alex Manente (PPS), Ademir Silvestre (PSC), Aldo Santos (Psol) e Lígia Gomes (PSTU) prometem fazer oposição ao prefeito reeleito, Luiz Marinho (PT). O petista foi reconduzido ao Paço no primeiro turno com 65,79% dos votos válidos (261.339) e terá o apoio de 20 dos 28 vereadores eleitos.

Como apenas o PPS conseguiu representação na Câmara, elegendo seis parlamentares, a atuação do trio de ex-prefeituráveis nanicos ficará restrita à mobilização popular.

Alex foi o principal adversário de Marinho no pleito, conquistando 122.924 votos (30% dos válidos). Para ele, esse resultado, somado à representação no Legislativo, consolida o PPS como oposição na cidade. O popular-socialista prometeu afinco para fiscalizar a gestão petista.

"Não faremos uma oposição raivosa, assim como eu não fiz uma campanha (eleitoral) raivosa. Mas posso garantir que vamos fiscalizar os serviços públicos que a Prefeitura mais rica do Estado, com exceção da Capital, pode disponibilizar ao seu cidadão", garantiu Alex.

"Vou continuar atuando como oposição, aliás, a única oposição em São Bernardo. Foi assim durante a eleição e não será diferente agora", afirma Ademir Silvestre.

Durante a eleição, o social-cristão se apresentou como único candidato em condições de levar o pleito para o segundo turno. Apesar disso, conquistou apenas 7.812 votos (1,97% dos válidos), ficando longe de incomodar Marinho e Alex.

Seguindo as tradições do sindicalismo, o ex-petista Aldo Santos confia na mobilização popular como instrumento para fiscalizar o segundo mandato de Marinho. "Continuamos nosso trabalho de mobilização política, realizamos reuniões com lideranças. Vamos fiscalizar o governo e denunciar o que estiver errado. Mas também faremos sugestões de ações para a cidade", disse Aldo.

O socialista teve menos de 1% dos votos válidos (3.596 adesões). Aldo enfrentou problemas com a Justiça Eleitoral, mas conseguiu o registro da candidatura no fim de agosto. O ex-vereador chegou a ficar indeferido porque, segundo o Ministério Público Eleitoral, não havia pagado multa por propaganda antecipada em 2004.

Única mulher a disputar o cargo político mais importante da cidade, Lígia teve menos de 1% dos votos válidos (1.569) em sua primeira candidatura ao Paço. Agora, ela quer organizar os militantes do partido para fiscalizar não só o prefeito, mas também os vereadores eleitos.

"Continuaremos nossa mobilização. Quem está no arco de alianças do PT também está atuando contra os trabalhadores", avalia Lígia.

 

GOVERNABILIDADE

Marinho vai começar o segundo mandato bem diferente de 2009, quando tomou posse. Na época, a maioria oposicionista na Câmara engessou o mandato. O petista só conseguiu recuperar a maioria na Casa em 2011, quando começou a compor o arco de alianças para o projeto de reeleição.




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