Resgatar a identidade apostando no potencial dos jogadores oriundos da base. Esta é a linha de pensamento que o Santo André seguirá em 2013. Ontem, após reuniões com o elenco rebaixado à Série D do Brasileiro, a diretoria divulgou a lista inicial com 13 atletas para a próxima temporada. Entre eles, oito vêm das categorias de base e cinco permanecem do grupo atual.

A definição inicial foi a permanência do técnico Itamar Schulle. A partir daí, a diretoria decidiu quais atletas irão compor o elenco. E, inicialmente, são: Paulo Vitor e Guilherme (goleiros), Cássio e Eliton (zagueiros), Murilo Pacolla, Thiago Othon e Vinicius (volantes), Chiquinho, Carlinhos e Guilherme (meias), Willian Dadá, Victor Hugo e Cláudio Mussum (atacantes).

Todos estes, sem exceção, são formados na base ramalhina. Porém, Paulo Vitor, Cássio, Chiquinho, William Dadá e Cláudio Mussum já estavam integrados ao time profissional. Os demais disputaram o Paulista Sub-20 ou Sub-17.

Do grupo recente que disputou a Série D, cinco de uma lista de 11 atletas (veja ao lado)ainda interessam e podem seguir. O restante - 18 jogadores - rescindiu ou terminou contrato. Assim, o elenco se apresentará no dia 19 com 18 atletas, que iniciarão o trabalho visando o Campeonato Paulista da Série A-2. Outros poderão ser alçados da base após a Copa São Paulo de Futebol Júnior de 2013. Já contratações, por ora estão canceladas. "Só quando tivermos dinheiro. Por enquanto, estes 18 são o que podemos no momento. Estamos no nosso teto", explicou o diretor de futebol Sérgio do Prado.

"Depois de tantos insucessos seguidos, com quatro rebaixamentos em quatro anos, e sufocados pelo poder público, que deixou o time sem casa, o Santo André chegou ao fundo do poço, virou cinzas e agora caminha para seu ressurgimento. Está sendo feita a maior reformulação da história do clube", disse o dirigente.

"Esse não é o time que queremos, mas é o que podemos. A partir deste instante, diretoria e comissão técnica trabalharão diariamente para fortalecer e qualificar esse grupo de jovens promissores e talentosos. Foi mudança dura de ser feita, porém necessária. Neste grupo que deixa o Santo André há jogadores de excelente qualidade que não tiveram influência direta no rebaixamento. Mesmo assim, o momento exige mudanças drásticas."

Apostar na base é receita que já deu certo e o clube espera reprisar. "Esperamos poder repetir o Santo André de 2003 e 2004, que era formado pela base do clube", afirmou Prado, em alusão aos times campeões da Copa São Paulo de Futebol Júnior e da Copa Paulista, que serviram de base para o que venceu a Copa do Brasil. "Se até o Barcelona faz trabalho com a base, por que os demais não farão. Renovação é o segredo do negócio."