Os vereadores de Mauá ignoraram ontem a audiência pública para debater o Orçamento da cidade para 2013. Apesar de o ato ter sido realizado na Câmara, apenas três dos 17 parlamentares compareceram. Na plateia, somente um munícipe.

A peça prevê arrecadação de R$ 794,2 milhões para o ano que vem, 15,7% a mais do que a vigente neste ano, de R$ 686,4 milhões. A administração indireta, formada por autarquias, é responsável pela concentração de outros R$ 70,4 milhões.

O desinteresse dos políticos em discutir o tema fundamental para a condução do primeiro ano do governo do prefeito eleito, Donisete Braga (PT), e que interferirá diretamente na vida dos mauaenses, é explicado pela ressaca da disputa eleitoral. Vereadores, reeleitos ou não, não encontraram motivos para politizar o assunto.

Coincidentemente, os únicos que prestigiaram a apresentação da proposta orçamentária, feita pelo secretário de Finanças, Orlando Fernandes Filho, foram parlamentares envolvidos diretamente no processo: o presidente da Câmara, Rogério Santana (PT), o líder da Comissão de Finanças do Legislativo, Luiz Alfredo Simão (PSB), e Paulo Suares (PT), que ajudou a elaborar a peça - comandou a Pasta chefiada por Fernandes até abril.

Com o baixo quórum, a exposição levou somente 20 minutos. Cumprida a etapa, o Orçamento agora depende da aprovação da Câmara. O projeto terá de ser apreciado pelos vereadores até 15 de dezembro, exigência que consta na LOM (Lei Orgânica do Município).

As secretarias de Saúde (R$ 209 milhões) e Educação (R$ 122,5 milhões) são as Pastas que receberão mais verbas.