Turismo Titulo Buenos Aires
Clássicos portenhos
Eliane de Souza
Do Diário do Grande ABC
01/11/2012 | 07:31
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A capital argentina tem edificações de encher os olhos. As construções históricas poderiam ser perfeitamente contempladas do alto do Buenos Aires Bus, ônibus panorâmico que roda a cidade em percurso de três horas. Poderia caso a cidade contasse com mais veículos na linha, se as filas não fossem enormes e se fosse possível comprar os tíquetes no embarque.

A pé, de táxi ou metrô, a Casa Rosada é o primeiro edifício que vem à mente do turista. Sede do Poder Executivo desde 1873, ganhou a cor em razão da mistura de cal e sangue de boi usada para impermeabilizar as paredes do antigo forte no qual foi erguida. A visita guiada pelo local de trabalho da presidente Cristina Kirchner passa pelo belo pátio e suas palmeiras, adentra salões clássicos de uso privado da presidência e faz parada na famosa sacada para a Plaza de Mayo, onde a seleção argentina comemorou a Copa de 1986.

Símbolo da cidade, o Obelisco foi construído em maio de 1936, para celebrar o quarto centenário da fundação da cidade. O marco foi colocado no lugar em que, pela primeira vez, uma bandeira argentina foi erguida, em 1812. Tem 67 metros de altura e está na Avenida 9 de Julho, a via mais larga do mundo, com dez faixas.

Outro ponto clássico é o Congresso, que fica em um dos prédios mais imponentes da cidade, construído em 1906 no estilo neoclássico eclético, com a cúpula revestida de cobre e elementos que lembram o edifício do Legislativo norte-americano. Entre outros espaços nobres, a visita adentra o Salón de Los Pasos Perdidos, onde se observam belos vitrais no teto; a Biblioteca del Congreso, com pé-direito altíssimo, piso marchetado e 3 milhões de livros; a Cámara de Diputados, anfiteatro com 257 bancadas e três níveis de galerias; o Senado, miniatura do salão anterior; e o Salón Azul, coroado por uma cúpula de cristal Baccarat - ali foram velados Perón e Evita.

Aproveite para dar uma volta na Plaza del Congreso, que, entre fontes, jardins e monumentos, exibe a famosa escultura de bronze O Pensador, de Rodin.

 

Domingo em San Telmo

A delícia de visitar Buenos Aires é poder descobrir a cidade bairro a bairro. Cada região possui identidade muito bem definida, o que possibilita fazer várias viagens em uma só. San Telmo é um dos locais com mais atitude na cena portenha.

A acolhedora vila já foi berço da aristocracia de Buenos Aires. Quando a febre amarela expulsou os ricos moradores para os bairros do Norte, as mansões abandonadas foram ocupadas pela população pobre. E a então zona elitista ganhou toques crioulos e africanos.

Hoje o local é tomado por antiquários, lojas, restaurantes e albergues. Geralmente aos domingos, fica ocupado por mochileiros, artesãos e se enche de turistas com a feira da Plaza Dorrego, que vende de tudo um pouco, desde fotos, camisetas e artesanato até antiguidades.

As centenas de pessoas que se aglomeram pelas ruas e calçadas só para para conferir apresentações de artistas de rua, que tocam jazz, dançam tango ou simulam estátuas vivas. Na hora do almoço, é bom se apressar para garantir mesa no restaurante Desnível, na Calle Defensa, que oferece o bife de chorizo com melhor custo-benefício da cidade.

Já satisfeito, é hora de dar mais algumas voltas pelas ruelas de paralelepípedo e tomar um expresso com alfajor na cafeteria Havana. Ou entrar na fila para tirar foto ao lado da estátua da Mafalda, a personagem do cartunista Quino, famosa por suas tiradas políticas e questionamentos sobre o mundo.

 

 




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