Pivô da queda de Emerson Leão no São Caetano, o zagueiro Gabriel afirmou que a alegria e o bom ambiente de trabalho estão de volta ao time. A análise se dá em relação ao clima tenso gerado com a chegada do treinador, que passou a ser persona non grata por conta do tratamento com os jogadores.

"Todos conhecemos o Leão e o método de trabalho dele, de regime fechado. A gente se adequou, mas o grupo é unido. Voltamos a trabalhar com alegria, voltamos a ter liberdade. Mas isso não quer dizer que diminuiu a responsabilidade. O Ailton (Silva, técnico interino) é um cara excelente. Nossa luta pelo acesso continua", garante Gabriel. Como recebeu o terceiro amarelo contra o Vitória, o zagueiro não enfrenta o Atlético-PR, no Anacleto Campanella, pela 34ª rodada da Série B do Brasileiro, no sábado.

Emerson Leão teria sido demitido porque se recusou a relacionar Gabriel e o atacante Geovane para a partida contra o Vitória. O técnico já havia sacado o zagueiro no decorrer do jogo contra o Grêmio Barueri e o deixou de fora da partida seguinte, contra o Ipatinga. O Azulão empatou os dois jogos e ali se iniciou a derrocada do ex-comandante.

Após sua demissão, sem citar nomes, Leão afirmou que um dirigente estaria interferindo na escalação da equipe, fato negado pela direção do São Caetano.

Personagem central das animações nos treinos e concentrações juntamente com Somália, Geovane, Ailton e Nei Paraíba, Gabriel diz que já está acostumado com as tiradas dos amigos. Agora, por conta das trancinhas, é chamado de Gabi Love, em alusão ao atacante flamenguista Vagner Love.

Gabriel avalia que, embora o Azulão tenha trocado de técnico duas vezes no torneio e tropeçado em casa em algumas partidas, como nas derrotas para Guarani e ABC e nos empates com Criciúma, Vitória e Ipatinga, segue vivo na briga pelo acesso. "A diretoria acertou nas contratações. Nosso time é forte, reagiu mesmo nessas adversidades e vai seguir buscando o acesso", destaca.