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Tucanos como fiscais de Lauro Michels
Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
29/10/2012 | 07:58
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Na EE Aneconde Alves Ferreira, na região do Eldorado, em Diadema, um petista abordou o deputado estadual Orlando Morando (PSDB). Sem seu tradicional paletó ou crachá de fiscal na eleição, o tucano ouviu por algumas vezes o eleitor: "Vai votar 13, né? Vai de Mário Reali (PT), né?".

Morando não pestanejou. Chamou o primeiro policial militar que avistou e pediu prisão do militante por boca de urna. A situação simbolizou o dia em que tucanos viraram fiscais do prefeiturável do PV em Diadema, Lauro Michels.

Além de Morando - padrinho político do diademense - o prefeito de Rio Grande da Serra, Adler Kiko Teixeira (PSDB), reforçou a equipe de fiscalização a favor do verde. Presságio de que o eventual governo de Michels terá apoio irrestrito do tucanato regional.

Longe dali, no Centro, Michels começou o dia de candidato às 8h45. Saiu de sua casa e já pediu votos a porteiros da indústria Uniforja, vizinha à sua residência. "Quase não consegui dormir, mas não estou ansioso", garantiu o prefeiturável. Para tentar descansar melhor, levou sua filha, Giovanna, 2 anos, para dormir na casa de sua sogra. "Ela nunca me deixa dormir."

Quinze minutos depois, rumou para uma padaria em frente ao comitê central da campanha do prefeito Mário Reali. Ao lado da mulher, Carolina Rocha, tomou chocolate gelado, comeu misto-quente com queijo branco e um pão na chapa sem miolo e com manteiga. "Estou acostumada com política. Quando a gente começou a namorar ele estava na campanha para se eleger vereador (em 2004)", contou Carolina. Michels tomou café da manhã rapidamente. Dedicou seu tempo para cumprimentar eleitores e espiar imagens de surfistas na televisão. "Faz dois meses que não consigo surfar. Estou com saudade do mar."

Perto das 10h, o verde foi ao seu escritório de advocacia, na Rua Manoel da Nóbrega. Sentou-se na cadeira da recepção para ler o Diário. Quis saber sobre o cenário em Santo André. "Quanto menos prefeituras do PT, melhor para dialogar". Meia hora após chegar ao local, sua tia-avó Ágata Kulcamp Michels - mulher do ex-prefeito Lauro Michels -, 86 anos, o desejou sorte. Sua mãe, Vilma, e irmã, Bruna, também compareceram.

Mais tarde, Morando e Kiko apareceram no local. A deputada estadual Regina Gonçalves (PV) chegou minutos depois. Todos se reuniram em uma sala. E lá ficaram por 40 minutos. Só saíram para votação.

Michels registrou voto às 12h20, na EE Filinto Muller. Acompanhou sua mãe e sua vice, Silvana Guarnieri (PTB), na mesma escola. Seguiu Regina, que votou na escola municipal Francisco Daniel Trivinho. No colégio, reclamou de três petistas uniformizados do lado de fora. Apesar da chiadeira do candidato, o trio do PT continuou no local. Depois da peregrinação, foi almoçar com a família e descansar.




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