Política Titulo Cargo
Dinah quer se manter como secretária
Cynthia Tavares
do Diário do Grande ABC
23/10/2012 | 07:14
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Dinah Zekcer (PTB), vice-prefeita de Santo André, tenta a reeleição na chapa de Aidan Ravin (PTB). Durante os quatro anos da administração, a petebista acumulou a função de vice, secretária de Governo e articuladora com a Câmara. Ela ressalta que vai garimpar novamente seu espaço dentro do governo. "Se o vice não ficar com uma secretaria, você não faz nada", afirma. Após 16 anos no Legislativo e quatro no Executivo, Dinah admite que ainda não se sente realizada. Ela deseja trazer um centro de reabilitação para deficientes físicos para a cidade. "Cerca de 2.000 pessoas do Grande ABC estão na fila da espera", constata.

 

DIÁRIO - Como foi a experiência de ser vice-prefeita nos quatro anos?

DINAH ZEKCER - Foi realmente muito importante. Como sempre trabalhei na iniciativa privada, a Prefeitura é diferente. O trabalho, a maneira de trabalhar e as soluções são mais demoradas porque há uma série de exigências legais que você é obrigada a seguir, coisa que em uma empresa particular você faz uma reunião e resolve. Na Prefeitura tem que fazer licitação, quando alguém ganha, outro entra na Justiça porque não concorda. Foi diferente e gratificante. Aprendi muito e me senti à vontade para poder trabalhar. Peguei uma secretaria (de Governo).

 

DIÁRIO - A senhora acredita que o vice precisa ter uma Pasta?

DINAH - O vice tem que ter uma atuação. Você usa uma secretaria e através disso você desenvolve seu trabalho junto com a Prefeitura. Participa de reuniões, sabe o que está acontecendo. É papel importante.

 

DIÁRIO - A sua secretaria foi estratégica dentro da administração?

DINAH - Foi importante. Depois assumi o papel de interlocução entre a Prefeitura e os vereadores. É difícil, mas fiquei 16 anos na Câmara e conheço muito dos vereadores. Temos certo grau de amizade mesmo, o que facilita o diálogo.

 

DIÁRIO - A articulação com a Câmara foi o maior desafio do mandato?

DINAH - Todas as coisas que foram feitas nos quatro anos foram importantes. Lidar com eles (vereadores) é o mais difícil, mas eu gosto. Sinto prazer. Sou bem recebida e isso é muito gratificante.

 

DIÁRIO - Caso seja eleita, a senhora aceitaria permanecer como interlocutora?

DINAH - Para mim não tem problema.

 

DIÁRIO - A senhora defende que precisa de uma secretaria para liderar?

DINAH - Desejo comandar uma Pasta, mas pode ser que a secretaria mude. Se o vice não ficar com uma secretaria, você não faz nada. Tem que haver um setor que você possa trabalhar, pois, afinal de contas, fui eleita para trabalhar pelo povo.

 

DIÁRIO - Quais ações desempenhadas nos quatro anos de governo que a senhora destaca?

DINAH - Consegui montar um departamento de humanidades, que reúne todos os conselhos da cidade. Do jovem, do idoso, da mulher que recebe ameaças. Fizemos pesquisa com 5.000 famílias para localizar onde temos problemas e interligar as informações.

 

DIÁRIO - Quais são seus projetos para o próximo mandato, caso seja eleita?

DINAH - Sempre trabalhei na área social, tanto que criei os conselhos na secretaria. Estava acertado para trazer a AACD, mas na última hora eles definiram outra cidade. Chegamos a mostrar os terrenos. Como não deu certo, eu não me senti realizada. Cerca de 2.000 pessoas do Grande ABC estão na fila da espera. Como sou persistente, estou tentando a Lucy Montoro (rede da reabilitação do governo estadual). Está pré-acertado um CRI (Centro de Referência do Idoso), que também irá ter área social.

 

DIÁRIO - A administração tem como bandeira a Educação. Foi a área principal de atuação da senhora e do prefeito Aidan?

DINAH - O trabalho foi bem-sucedido. Nada é perfeito, mas fizemos o melhor que pudemos. Demos uniformes para todos os alunos. Agora não tem mais diferença. Construímos dez creches e vamos construir mais dez.

 

DIÁRIO - Há previsão para o Poupatempo?

DINAH - Já assinamos os documentos e encaminhamos para São Paulo. O prédio será ali onde funcionava a Rhodia. Vamos reformar e ter esse atendimento em Santo André porque não tem cabimento uma população de 670 mil habitantes ter que ir para São Bernardo (onde está instalada a única unidade do Grande ABC).

 

DIÁRIO - Quais projetos serão encerrados até o fim do mandato?

DINAH - Acredito que fizemos uma boa administração nesse curto espaço de tempo. No primeiro ano tivemos que colocar a casa em ordem. Agora estamos em campanha. Vamos abrir academias ao ar livre. Na Saúde, construímos hospital de retaguarda e três UPAs (Unidades de Pronto Atendimento 24 horas). Vamos construir no Bangu mais um hospital.




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