O candidato do PV de Diadema à Prefeitura, Lauro Michels, vai tentar evitar confronto direto contra o atual prefeito, Mário Reali (PT), nos últimos cinco dias da eleição. Na avaliação da cúpula da campanha verde, o prefeiturável não precisa rebater críticas dos petistas para manter a toada de crescimento nas pesquisas de intenções de voto.

O objetivo, segundo Michels, é investir em atividades propositivas, levando tópicos do plano de governo para o eleitorado.

Michels apareceu na liderança da pesquisa divulgada na quinta-feira pelo Diário. O verde foi citado por 45,3% dos entrevistados. O petista, por 34%. Na votação válida, a diferença fica de 57,1% a 42,9%.

Apesar da estratégia, Michels ainda deixa escapar ataques ao petismo. No domingo, em carreata que começou na Vila Paulina, o candidato disse que iria "botar o PT para correr" e "o PT está igual barata, por onde passa deixa gosto ruim."

Antes disso, já tinha rebatido ataques feitos por integrantes petistas. Na semana passada, em atividade no Jardim Marilene, a ministra do Planejamento e Orçamento, Miriam Belchior (PT), chamou Michels de "pastel de vento" e "sem conteúdo". O verde afirmou que preferiria ser pastel de vento a ser pastel cheio de dólar do Mensalão, "igual ao que ela vai comer."

A tática de fugir de embates críticos foi adotada logo no início do segundo turno e foi pensada pela deputada estadual e coordenadora da campanha do PV, Regina Gonçalves.

ALCKMIN

A cúpula da empreitada de Michels ao Paço tenta encaixar nova agenda do governador Geraldo Alckmin (PSDB) em Diadema. O tucano esteve na cidade no sábado, em caminhada pelo centro comercial da Avenida Antônio Piranga.

A intenção da coordenação é organizar atividade entre sexta e sábado, nos bairros mais periféricos do município. Em Mauá, Alckmin percorreu ruas do Jardim Zaíra ao lado da candidata do PMDB mauaense, Vanessa Damo.