Só quem joga videogame sabe como é mágico o poder de controlar os movimentos de um personagem com os simples apertos de botões. Hoje, vendo imagens tão perfeitas, não daria para apostar que a ideia maluca do alemão Ralph Baer de equipar televisões com jogos daria certo.

Não só funcionou, como deu origem a um dos brinquedos mais queridos do mundo. O primeiro e simples protótipo de videogame, o Brown Box (grande caixa marrom com dois enormes controles), foi pensado em 1966 e o game Odissey lançado em 1972. O Atari veio no mesmo ano. A partir daí o mercado de entretenimento mudou.

De acordo com pesquisa do Ibope divulgada dia 1º, de cada 100 brasileiros, 23 jogam videogame, sendo ação e aventura os preferidos (seguidos por futebol e corrida). O País é considerado o quarto maior mercado consumidor e a previsão é de que os brasileiros gastem R$ 914 milhões com consoles e jogos até o fim de 2012. No mundo, o faturamento deve ser de R$ 130 bilhões.

Os games (tirando os de computador mais antigos) comemoram 40 anos de história. Muito mudou desde então. Os pontinhos arcaicos do Atari deram lugar a imagens realistas e tecnologias extraordinárias como os aparelhos (Move e Kinect) que permitem que o jogador movimente os personagens com o próprio corpo.

Guilherme Cunha, 16 anos, de São Bernardo, começou a jogar o Super Nintendo, console criado em 1983, e se apaixonou logo de cara. "Meu primeiro game foi o Mario Bros e zerei o Prince of Persia 2 aos 13 anos. Foi bem emocionante."

Os próximos consoles - Playstation 1, 2 e 3 - vieram em seguida. Hoje, Guilherme curte mais jogar no computador. "Nunca deixei de ir bem na escola por causa dos jogos. Também não acho que seja coisa de nerd. Tem game para todo tipo de gosto", conta o garoto, que fez amigos e encontrou namorada por causa da paixão pelo videogame. "Gosto de observar os gráficos, a trilha sonora e a arte envolvida no jogo. Quero fazer Design Gráfico."