Representantes de trabalhadores em indústrias químicas do Grande ABC participaram ontem da primeira rodada de negociações da campanha salarial, em que apresentaram ao setor patronal propostas referentes a cláusulas sociais.

Entre as reivindicações, estão a extensão da licença-maternidade de quatro para seis meses e a elevação do salário dos aprendizes, hoje corresponde a 90% do piso salarial, que equivale a R$ 980, para 100% do piso, segundo o secretário-geral do Sindicato dos Químicos do ABC, Sidney Araújo. Também se pleiteia que os trabalhadores afastados com auxílio acidentário, quando retornem ao trabalho, tenham garantia de emprego até a aposentadoria. Hoje é de um ano.

A segunda rodada de conversas entre representantes de patrões e empregados será no dia 18, quando o empresariado deve dar posição em relação às propostas apresentadas ontem. As cláusulas econômicas (incluindo o aumento salarial) serão discutidas nas próximas etapas. Entidades de empregados, entre as quais o sindicato da região, reivindicam reajuste de 12%. No Grande ABC, o setor tem 900 empresas, que geram 40 mil empregos. Do total, 20.497 são sócios do sindicato.

MÉDICOS

Os médicos que atendem planos de saúde iniciaram ontem paralisação em protesto aos valores pagos pelas consultas e procedimentos. A greve atinge dez operadoras de saúde e os profissionais garantem que emergências e urgências serão atendidas. Hoje a paralisação é nas especialidades de ginecologia e obstetrícia, anestesiologia e cardiologia.