Desta vez foi o Itaú Unibanco que deu mais um tiro na guerra entre os bancos pelas menores taxas de juros. Ontem, a instituição financeira privada reduziu o custo das operações do seu novo produto, o cartão de crédito Itaucard 2.0. Em contrapartida, os bancos públicos, que deixaram suas taxas nos menores patamares do mercado, estão puxando outra frente: a redução das tarifas dos serviços e empréstimos.

Lançado há menos de dois meses, o plástico do Itaú entrou no mercado com taxa máxima mensal de 5,99% ao mês. Ontem passou a custar 3,99% ao mês. Para adquirir a tarjeta, basta o cliente pedir na agência para trocar pelo seu atual cartão.

O Itaucard 2.0 tem metodologia diferenciada de cobrança de juros, com o custo contado a partir da compra. Este diferencial foi criticado pelos especialistas em finanças pessoais por se tornar pior do que o modelo comum para as pessoas que perdessem o prazo de pagamento. "Agora eles estão corrigindo o produto. Abaixaram os juros para que realmente fique interessante o cartão", avaliou o diretor executivo de estudos financeiros da Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade), Miguel Ribeiro de Oliveira.

Ele destacou ainda que a competição dos bancos estimulou essa nova queda. "Sem contar que a nossa próxima pesquisa de juros, que será publicada na semana que vem, já apresentará redução nos juros médios dos cartões de crédito", antecipou. Ele não revelou o percentual, mas enfatizou que há 33 meses a taxa média do plástico, de 10,69% ao mês, não sofre alteração. Por outro lado, outras modalidades de empréstimos atingiram os menores patamares da série histórica da pesquisa, iniciada em 1995.

TARIFAS - O Banco do Brasil anunciou que reduzirá 24 tarifas e não cobrará mais pela confecção de cadastro de início de relacionamento, que custa R$ 30, a partir da segunda-feira. A queda média nos preços dos serviços, como talão de cheque, saques, depósitos, consultas e transferências, é de 34%.