Cultura & Lazer Titulo Jazz ladies
Histórias de luta das divas da canção
Thiago Mariano
Do Diário do Grande ABC
07/10/2012 | 07:11
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Mais do que um gênero em comum, as cantoras de jazz carregam em suas histórias aspectos biográficos muito comuns. Enfrentaram o preconceito e o machismo. Ao mesmo tempo em que suas vozes faziam soar o lamento de uma vida feita de privações e desamores, seus cantos eram de guerra e de afirmação. Esse capítulo da história da música mundial tem casos que são recontados de maneira muito bem elaborada em 'Jazz Ladies' (Companhia Editora Nacional, 160 pág., preço médio R$ 45), do crítico francês Stéphane Koechlin. Fotos históricas, capas de discos e discografia básica recheiam a obra.

Desde Bessie Smith e Mary Lou Williams até Norah Jones e Madeleine Peyroux, passando pelas grandes Sarah Vaughan, Billie Holiday e Ella Fitzgerald, o livro retrata histórias da vida e da carreira dessas e de muitas outras mulheres (que algumas a maior parte das pessoas pode desconhecer) passeando por capítulos temáticos, como: nascimento das primeiras jazzwomen; a grande depressão: as mulheres na luta; e elas envelhecem.

As histórias que se cruzam revelam casos de rivalidade, amizade e histórias curiosas, como a de Nina Simone depois de ter gravado pela primeira vez seu maior clássico, 'My Baby Just Cares For Me'. Ela entrou na vida de cantora para poder pagar seus professores de piano e virar uma grande concertista. Arrependida por ter se vendido, chegou em casa depois do registro e começou a tocar Beethoven para se purgar da ‘vergonhosa' gravação.




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