O candidato do PMDB à Prefeitura de Ribeirão Pires, Saulo Benevides, afirmou que sua campanha nas ruas está praticamente encerrada. "Nós já estamos parando. Agora o foco maior é cuidar das agendas internas e de questões administrativas."

A declaração foi feita quarta-feira, após o peemedebista saber que o juiz eleitoral de Ribeirão Pires, José Wellington Bezerra da Costa Neto, julgou improcedente a ação que pedia a cassação de sua candidatura por abuso de poder econômico.

O peemedebista fez campanha na rua pela última vez na segunda-feira. As bandeiras e os carros de som continuam pela cidade. Entretanto, os candidatos ainda podem pedir voto hoje e amanhã para tentar convencer os munícipes indecisos. De acordo com última pesquisa de intenções de voto divulgada pelo Diário, eles representam 8,1% dos entrevistados. Saulo, que lidera o levantamento, negou que esteja cantando vitória antes da apuração, no domingo. "Estou tentando me preservar. Todo mundo está me bombardeando (com críticas), por isso fico com medo de sair nas ruas e os cabos eleitorais de algum dos adversários me agredirem."

Durante quase todo o período de campanha eleitoral, o peemedebista priorizou as visitas domiciliares. Entretanto, nas duas últimas semanas, Saulo decidiu apostar no barulho para pedir votos. Até mesmo a mulher do prefeiturável, Michelle Benevides, entrou na campanha. Em cima de um carro de som, ela usa o microfone para pedir votos. "Se ele for realmente prefeito, eu, como primeira-dama, preciso ter minhas propostas, não posso ficar de braços cruzados", comentou Michelle.

Ontem, por volta das 6h, foram encontrados, em vários pontos da cidade, panfletos com 15 motivos para o eleitor não votar no peemedebista. Um dos tópicos aponta que Saulo trouxe o prefeito Clóvis Volpi (PV) de Mauá para Ribeirão Pires e "agora trai o grupo porque foi ele o responsável pela cassação de Dedé". No folheto, não há identificação da coligação que produziu o material - é apócrifo.